AM Covilhã aprova concurso proposto pela Câmara para melhorar iluminação pública

A Assembleia Municipal da Covilhã aprovou na sexta-feira, dia 31, o estudo técnico e financeiro, elaborado pela ENERAREA, para o concurso público para implementação de medidas de melhoria de eficiência energética no sistema de iluminação pública no concelho e a instalação de uma UPAC, Unidade de Produção para Autoconsumo.

Uma operação que tem por objetivo substituir mais de 19.500 luminárias em todo o concelho por outras com tecnologia LED, promovendo poupança e aumentando, nos locais onde é necessário, a intensidade luminosa.


“Temos uma solução que visa abranger todo o concelho, proporcionando boa intensidade luminosa”, disse o presidente da Câmara, afirmando que o que se pretende “é de que noite se consiga ver uma moeda no chão”, disse Vítor Pereira, apontando que isso, tecnicamente, é possível com esta solução.

Vítor Pereira detalha que o problema que se verifica atualmente na cidade, com algumas luminárias demasiado altas, será resolvido.

Já a UPAC prevê a instalação de painéis solares em telhados de 11 edifícios municipais, produzindo energia para aí ser consumida, detalhou Carlos Santos, da ENERAREA, que esteve presente na sessão extraordinária da Assembleia Municipal.

O concurso prevê ainda a criação de uma plataforma que permitirá ao Município a gestão de iluminação pública e outros elementos, como contadores de água por exemplo, explicou Carlos Santos.

A abertura do concurso foi aprovada com 30 votos a favor, do PS, PSD e presidentes de junta e 2 votos contra do PCP.

Luís Rodrigues (PSD) apontou que é importante que haja concorrentes e que no futuro “haja uma iluminação condigna”.

Hélio Fazendeiro (PS) sublinhou “o gosto de votar favoravelmente” uma proposta desta natureza, lamentando a ausência de uma bancada na votação de uma proposta “determinante e fundamental para a afirmação da Covilhã no Futuro”.

“Este é mais um ponto determinante e fundamental para o futuro, para afirmação de uma Covilhã inteligente, inovadora, progressista, sustentável, amiga do ambiente, verde, que zela pelos interesses e pela qualidade de vida dos territórios e pela boa gestão dos recursos públicos”, disse, afirmando que se melhora a iluminação e associando-se a poupança. Sobre a UPAC frisa que reduz “a fatura energética, mas também a pegada carbónica”.

Mónica Ramôa (PCP) justifica o voto contra da bancada com o facto de se estar a lançar um concurso que prevê uma Parceria Público-privada.

“O PCP e a CDU são a favor de medidas que promovam a eficiência energética, mas o que esta proposta representa é continuar a celebrar Parceria Público-privadas. A externalizar e contratar fora o que os serviços municipais, com vontade política e investimento podiam fazer, comprometendo vários futuros executivos, uma vez que o contrato celebrado prevê um período de 16 anos”.

Mónica Ramôa apontou ainda o facto de algumas luminárias preverem a videovigilância integrada o que requer “debate e autorização”.