CDS Covilhã “rejeita imposições” do PSD e retira-se das conversações para coligação pré-eleitoral

O plenário concelhio do CDS, realizado ontem, dia 1, decidiu “rejeitar as imposições apresentadas pelo PSD, e não continuar com as conversações com aquela força partidária”, revela o partido em nota enviada à Rádio Clube da Covilhã.

No documento detalha que “a Comissão Política Concelhia do CDS-PP foi mandatada para continuar as negociações com as demais forças políticas que se revejam na estratégia e projeto do CDS-PP da Covilhã, para fazer da Covilhã um concelho de referência e protagonista a nível regional e nacional”.


No mesmo documento o CDS sublinha que nos últimos três atos eleitorais “demonstrou responsabilidade e capacidade de colaboração”, num trabalho conjunto com outras forças partidárias, para apresentar os melhores e as melhores soluções, sublinhando que “nos últimos quatro meses”, assumiu novamente o compromisso de criar um projeto abrangente e multilateral”. Dá conta que o fez com “respeito, empenho, dedicação e lealdade, na expectativa de uma reciprocidade de atuação que, infelizmente, não se verificou”.

Sublinha que o partido sempre esteve aberto ao diálogo, colocando os interesses da Covilhã à frente de qualquer questão, apontando que “a ânsia legitima ou necessidade de assumir um protagonismo que nunca teve, nos  últimos 12 anos, levou a que o PSD seguisse um caminho solitário e unilateral, tomando decisões, exigindo imposições unilaterais e excluindo liminar e injustificadamente da discussão de propostas e soluções que tinham de ser, necessária  e seriamente, equacionadas e discutidas” o que “inviabiliza a construção um caminho partilhado e consensual que conduzisse às melhores opções, desperdiçando, assim, uma excelente oportunidade para que a direita democrática liderasse em conjunto o nosso Município”

“O PSD entendeu assumir e deliberar unilateralmente a “aprovação” de um nome para candidato, sem que o mesmo tenha sido sequer discutido, ouvido ou analisado pelos demais parceiros, e sobretudo, sem definir o projeto e as ideias essenciais para qualquer candidatura, é uma imposição inaceitável e inadmissível e que viola todos os princípios e objetivos pelos quais o CDS-PP da Covilhã sempre pugnou”.

O CDS conclui que face a este cenário restaria “a possibilidade de uma participação interesseira e egoísta, tentando salvar resultados passados, exigindo o que nos seria possível em termos de lugares e número de eleitos, o que nunca foi, é ou será a nossa prioridade”.

Aponta o plenário do CDS Covilhã deliberou “que a Covilhã precisa um caminho novo, diferente, livre das amarras e grilhetes do passado, que permita aos covilhanenses uma opção séria e credível, num futuro mais sustentável e mais feliz”.