A Câmara Municipal da Covilhã aprovou, na reunião de segunda-feira, a adjudicação das obras de remodelação do antigo Acondicionamento Têxtil para ali instalar a Unidade Saúde Familiar Herminius, antiga USF Estrela.
A obra foi adjudicada por 804 mil euros e tem o prazo de execução de 300 dias, explicou Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal, vincando que se trata de “uma notícia importante” para os covilhanenses, em particular para os residentes na área urbana.
Lembrou também que o atraso na adjudicação se deve ao facto de os concursos anteriores terem ficado desertos, apontando que a Câmara Municipal “nunca desistiu da parceria com a saúde e do papel interveniente que deve ter neste domínio”.
Vítor Pereira sublinhou que a obra irá permitir “uma oferta de saúde mais capaz”, num “espaço condigno”.
“Contribui para que os covilhanenses tenham uma resposta mais adequada às necessidades e num espaço com melhores condições”, vincou.
Detalha que por mais que “haja vozes discordantes”, que respeita, o local foi visto pelos responsáveis da saúde que o aprovaram e elogiaram.
“As condições ali são ótimas. Respeito sempre quem pensa de forma diferente, mas esta é uma forma que foi muito bem pensada. Não foi só por mim. O então diretor da USF, Dr. Pedro Oliveira, conjuntamente com os serviços, foi ao local e analisou. Os especialistas da Administração Regional de Saúde do Centro analisaram, viram, concordaram e acharam que o sítio é ótimo, por estar próximo da estação de caminho de ferro, da central de camionagem, ter uma paragem de autocarro à porta, tem estacionamento e estar na zona baixa da cidade, numa zona muito acessível”, descreveu.
Quanto ao facto de se localizar no 1.º andar do edifício, garante que “não é nenhum óbice, caso contrário os hospitais também teriam só rés-do-chão”.
O autarca reitera que a autarquia só não alugou todo o edifício, ou só os rés-do-chão, por este já estar nas mãos de uma empresa ligada à saúde.
Por outro lado, dá conta que se está a falar de um contrato de arrendamento por 20 anos, mostrando-se convicto que, se a ANIL concordar, a autarquia acabará por o adquirir.
“Até lá muita água vai passar por baixo da ponte e eu estou convencido, caso a ANIL dê a sua concordância, que o município vai acabar por adquirir o edifício, à exceção do rés-do-chão que foi adquirido por um particular”, disse.
A adjudicação da obra foi aprovada por maioria, com a abstenção dos vereadores da oposição, por “não concordarem com a localização”, justificou Pedro Farromba.