Abel Cardoso, militante do PS, avança como independente à presidência da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso.
O atual vogal do executivo da Junta, foi número dois na lista da Carlos Martins à União de Freguesias nas últimas autárquicas, sublinha que o facto do PS Covilhã não contar com ele, apesar de ter apresentado a sua disponibilidade ao presidente da Federação em janeiro, aliado ao facto de Carlos Martins avançar como independente, estão na base da sua decisão em avançar com a candidatura.
“A partir do momento que uma pessoa com quem trabalho há 32 anos me lançou o desafio não pude dizer que não”, disse Abel Cardoso, referindo-se a Carlos Martins “a quem trato por irmão”, apontou.
Afirma que a 7 de janeiro deu conta da sua disponibilidade para ser candidato do PS à União de Freguesias a Vítor Pereira, presidente da Federação Distrital do partido, e este, “aparentemente ficou satisfeito”, respondendo que falariam “dentro de uma semana”, o que não veio a acontecer, relata Abel Cardoso.
“Fiquei com a sensação que o PS não queria nada comigo”, diz. “A partir do momento que tenho os amigos, a família, convidei pessoas para fazer parte da lista e me disseram sim, resolvi avançar”, disse hoje ao final da manhã, durante o anúncio oficial da sua candidatura.
Abel Cardoso aponta que se está a preparar para “um mandato difícil”, mas que certamente não será tão complicado como os dois últimos, apontando a falta de relacionamento com a Câmara Municipal da Covilhã como a grande dificuldade.
“O mandato vai ser difícil, mas não vai ser tão difícil como 2017/2021 e 2021/2025. Não foi por acaso que escolhi esta escadaria para apresentar a candidatura”, disse.
Trata-se de uma obra, na rua Grupo Recreativo Refugiense, junto à Serragel. “Uma obra feita só com dinheiro da junta, tal como outra mais acima, porque da Câmara Municipal não houve um cêntimo. É por estes e outros motivos que cá estou, que quero lutar até ao fim”, disse.
Sublinha que entrou na política em 1993 ao lado de Carlos Martins, e depois de tantas vitórias juntos, mostra-se convicto de uma “grande vitória” nestas autárquicas de 2025.
Afirma-se “preparado para continuar a olhar “Pelas Pessoas”, afirmando que esta é a forma com que sempre esteve na vida política.
Avança que já comunicou ao Partido Socialista sobre a sua candidatura independente, “contando a história”, vincando que “não irá entregar o cartão”.
“O PS que decida, eu não entrego. Se disserem que deixo de ser militante, tudo bem, mas não me tiram a minha convicção de socialista”.
Sobre fazer campanha contra a candidatura do partido nas autárquicas responde que para já desconhece opositores.
“Não sei se vou fazer campanha contra o PS. Ainda não há qualquer candidato”, aponta.
Abel Cardoso avança que a sua equipa de 26 elementos está escolhida e que no “momento oportuno” será conhecida.
Quanto ao programa eleitoral será apresentado mais à frente, no entanto, avança que a luta pela separação das duas freguesias, Covilhã e Canhoso, será um dos objetivos.
Recordar que o atual presidente da União de Freguesias Covilhã e Canhoso, Carlos Martins, anunciou a sua candidatura independe à CMC na sexta-feira, dia 21.