CIM RBSE quer ver situação de financiamento das EIP resolvida e apela a negociações

A Comunidade Intermunicipal da Região Beiras e Serra da Estrela, em nota de imprensa, apela ao “início urgente” de negociações com o Governo, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e com a Liga dos Bombeiros Portugueses, sobre o financiamento das Equipas de Intervenção Permanente no território, sublinhando que se trata de um assunto de extrema importância e que impacta diretamente na segurança e proteção das populações que não pode ser descurada.

Em nota de imprensa recorda que as Equipas de Intervenção Permanente (EIP) destinam-se ao cumprimento de missões que, no âmbito da Proteção Civil, estão confiadas aos Bombeiros. Nos últimos anos, o financiamento dessas equipas tem sido suportado em 50 por cento através de fundos das Câmaras Municipais.


Também aposta que os 15 municípios que compõe a CIM RBSE (Comunidade Intermunicipal da Região Beiras e Serra da Estrela) consideram, no entanto, esta ser uma clara delegação de competências do Governo nos Municípios, sem que os mesmos recebam qualquer valor, como deveriam, por via da Delegação de Competências na área da Proteção Civil.

Neste sentido, desde novembro 2022, os municípios que integram esta Comunidade Intermunicipal, deliberaram por unanimidade, em reunião do conselho executivo da CIM RBSE, que não aprovariam a criação de quaisquer novas EIP, enquanto as condições de financiamento de estruturas      de Proteção Civil não fossem alteradas

Recorde-se que as EIP estão confiadas aos Bombeiros e custam às autarquias, perto de 2,5 milhões euros por ano, na área CIM RBSE. Atualmente, funcionam no território CIM RBSE 51 EIPs, num total de 255 postos trabalho, atribuídos em exclusivo aos Bombeiros.

Perante esta situação de impasse, e do encargo avultado das EIPs no orçamento das autarquias, a CIM BRSE defende o início urgente de negociações com o Governo, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e com a Liga dos Bombeiros Portugueses.