Os processos de classificação como monumentos de interesse municipal da Casa Nave Catalão e do Tinte Presunto, na Covilhã, estão publicados em Diário da República e disponíveis nos serviços municipais para consulta de interessados.
O início dos processos foi aprovado em reunião pública da Câmara municipal, no final de janeiro e foram agora, no início de março, públicos em Diário da República.
No caso do Tinte Presunto, junto ao supermercado Canário, Vítor Pereira explica que se trata de um trabalho que começou com a identificação de Elisa Pinheiro, sublinhando “o interesse e a curiosidade que o edifício suscita”.
O edifício, na Travessa do Tinte, ainda hoje conserva um conjunto de colunas e capitéis românico‐góticos, de motivos vegetalistas, datados provavelmente do século XIV / XV. O acesso é feito por um portão de ferro, também com motivos vegetalistas, com as iniciais “AP” (António Presunto), conforme descreve a Câmara Municipal da Covilhã num dos itinerários do centro histórico.
No caso da Casa Nave Catalão, na Rua São Francisco Alvares, o processo foi iniciado pelo proprietário, e tem como base o facto de o edifico ter característica de Arte Nova, fazendo já parte do roteiro de Arte Nova da Covilhã
Aí é descrito como “um edifício residencial, encaixado entre outras construções, sendo a única fachada não adossada aquela que se abre para a Rua São Francisco Álvares. Esta é recortada por grande quantidade de vãos com diferentes modinaturas, frisos, cornijas e sacadas em cantaria de granito lavrado. A empena é precedida de friso de azulejos de inspiração Arte Nova, representando grinaldas e festões, mas contendo elementos ecléticos como os medalhões. Já os frisos, que precedem as janelas, apresentam maior erudição no que respeita à gramática decorativa, apresentando papoilas, cujos caules ondulantes se entrelaçam.
Ao nível do trabalho do ferro destaca-se a porta do lado direito no piso térreo”.