O Diafragma – Festival Internacional de Fotografia e de Artes Visuais da Covilhã, em termos de evolução, atingiu um “patamar muito bom” quanto a fotógrafos oriundos de diferentes países, incluindo os melhores a nível nacional, e quanto às fotografias expostas, disse Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da cultura na Câmara Municipal da Covilhã, na sessão de encerramento do festival.
Apesar deste patamar, a vereadora acredita que é necessário existir um maior envolvimento dos fotógrafos covilhanenses em edições futuras.
“Parece-me que há só um pormenor que nós temos de pensar e operacionalizar, que é um maior envolvimento dos fotógrafos da Covilhã. Já estiveram agora no concurso, mas eu penso que não deverá ser a única forma deles estarem envolvidos, nem que seja numa exposição assumidamente local”, disse.
Em relação à novidade desta terceira edição do certame, o Concurso de Fotografia Diagrama Covilhã, Regina Gouveia explicou que surgiu como “piloto” para perceber qual pode vir a ser a temática das próximas edições, com a possibilidade de manter o tema “Covilhã” ou de adaptar ao tema específico de cada edição. A vereadora fez, ainda, um balanço “muito satisfatório” do concurso”.
“Quisemos primeiro fazer esta edição experimental, abrir mais em termos de possibilidades de fotógrafos poderem concorrer. Em termos de balanço, posso dizer que o número de fotógrafos que concorreram e o número de fotografias que pudemos admitir a concurso atingiu um nível muito satisfatório”, afirmou.
Aos jornalistas, Regina Gouveia assegurou que o Concurso de Fotografia Diafragma Covilhã “é para continuar”.
“É para continuar. Poderemos ter apenas de apurar a questão do tema. Em termos de normas do tipo de prémios, nós não queremos alterar. Pretendemos continuar a ter prémios que vêm de mecenas da cultura, porque consideramos que essa é uma forma muito positiva de ligar entidades à cultura”, assegurou.
O júri do primeiro concurso de fotografia do festival, composto por Rute Ângelo, Aníbal Lemos e Eduardo Camilo, atribuiu, na categoria «Jovem», menções honrosas a Abraham Patrício Encalada (Equador) com o conjunto de fotografias “Sair a comprar o pão”, “A tartaruga cega” e “Ele não voltou depois de comprar o pão”; e a Laura Venâncio Vaz (Covilhã) com a fotografia “Paisagem Urbana”.
Quanto à categoria «Adulto», o júri atribui menções honrosas a Paulo Jorge Coimbra Amado com a fotografia “O senhor dos 100”; a Luís Miguel Alves Proença (Fundão) com a fotografia “Miradouro Varanda dos Carqueijais; e a Mateus Morais Nicolau (Covilhã) com o conjunto de três fotografias “Sem título”.
Telma dos Santos Martins Correia Lopes, com a fotografia “Minas”, foi a vencedora do prémio do concurso de fotografia.
Nuno Mesquita, em representação de Telma Lopes, explicou que a vencedora do concurso deixou Lisboa, há um ano e meio, e foi viver para o Fundão. Em relação à fotografia merecedora do prémio, tirada nas Minas da Panasqueira, Telma Lopes ficou “bastante sensibilizada com o lado marciano” das minas. “Parecia um espaço que não era deste mundo”, explicou o companheiro da vencedora.
Na sessão de encerramento, que decorreu ontem à tarde na Galeria António Lopes, estiveram presentes Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da cultura na Câmara Municipal da Covilhã, Nelson Marmelo e Silva, diretor artístico do Diafragma, Rute Ângelo, representante do júri do concurso de fotografia, e os mecenas Teresa Silveira, diretora da Pousada Pestana Serra da Estrela, e João Paulo Fazenda de Almeida, proprietário do Paço 100 Pressa.