Os dois primeiros concursos lançados pela Câmara Municipal de Manteigas, um para a requalificação do antigo posto da GNR, por consulta prévia, e outro da antiga tipografia, ambos a serem transformados em habitações, ficaram desertos o que levou a autarquia a subir o preço base.
Trata-se da criação, no caso do antigo edifício da GNR, de habitação coletiva a custos controlados e no caso da antiga tipografia a construção de 7 fogos habitacionais.
Os novos procedimentos concursais foram aprovados por unanimidade na reunião do executivo de dia 5 e preveem um aumento de cerca de 500 mil euros, nas duas intervenções.
No caso da GNR passou-se de uma intervenção de cerca de 700 mil euros, para um valor próximo de um milhão, detalhou Flávio Massano, presidente da autarquia.
Já no caso da antiga tipografia o valor inicial de cerca de um milhão passa para um valor próximo de 1,2 milhões.
Nuno Soares, vereador do PSD, criticou o atraso nos procedimentos, que os lançou para uma data próxima das eleições, em que tradicionalmente as empresas aumentam o valor das obras.
Flávio Massano, presidente da CMM realça que o atraso não é da responsabilidade do município, que “correu, e bem”, mas sim das aprovações do IHRU, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, que não conseguiu dar resposta ao grande volume de processos de todo o país.
Flávio Massano sublinha que o aumento não afetará as disponibilidades financeiras do município, uma vez que são financiados a 100% pelo PRR.
Em ambos os casos o preço base do concurso sobe entre 25 a 30%, valor que segundo avança o presidente da autarquia foi referido por possíveis interessados como valor justo para as obras.