O Movimento Democrático de Mulheres – Núcleo da Covilhã e Belmonte apresentou no sábado, dia em que se assinalou o Dia Internacional da Mulher, o livro “WWW: World Women Wishes”. Segundo Mónica Râmoa, esta obra é uma recolha, para memória futura, dos desejos que as mulheres de hoje têm para as mulheres daqui a 50 anos.
“Infelizmente ainda há muito para lutar e ainda há muito para conseguir. Claro que muitos direitos já foram conquistados, mas a igualdade na vida ainda não existe e este livro serviu para as mulheres refletirem se devem baixar os braços perante as injustiças que ainda temos nas nossas vidas”, disse.
Neste livro, o Movimento Democrático das Mulheres compilou testemunhos de mais de 222 mulheres de todo o país, principalmente da região, com as mais variadas idades, profissões e habilitações literárias.
“É interessante que em todas elas existe uma mágoa porque ainda não conseguimos a igualdade e vejam-se os números da violência doméstica, por exemplo. Mas, ao mesmo tempo, também uma grande esperança no futuro e na nossa capacidade de podermos continuar a lutar pelos direitos das mulheres”, explicou.
Mónica Râmoa salientou, ainda, que o livro também recolhe alguns testemunhos de mulheres estrangeiras.
“Os testemunhos dessas mulheres estrangeiras vão no sentido de que nenhum direito é certo, porque elas são de países onde as mulheres já tiveram muitos direitos e que atualmente os perderam. Nem sequer podem cantar, por exemplo. E isso também nos faz pensar que nada está garantido, muito menos para as mulheres”, assegurou.
Desta forma, Mónica Râmoa assegurou que este dia, em que também se assinala a luta das mulheres, “ainda faz todo sentido celebrar”.
A apresentação do livro “WWW: World Women Wishes: Para Memória Futura” aconteceu no sábado, dia 8 de março, na Galeria António Lopes, na Covilhã.