AF Covilhã e Canhoso aprova contas de 2024 e revisão do orçamento de 2025

A Assembleia de Freguesia da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso aprovou, por maioria, as contas relativas ao ano de 2024.

Os documentos foram aprovados com seis votos a favor (PS) e sete abstenções (CDU e “Juntos Fazemos Melhor”).


Na mesma reunião foi aprovada, também por maioria, a primeira alteração orçamental de 2025.

Luís Dias, eleito pela coligação “Juntos, Fazemos Melhor” destacou diversas “inconformidades” e a eventual existência de “situações de incumprimento legal”.

“Ao longo dos últimos anos, os membros da nossa coligação têm vindo a sinalizar diversas inconformidades, designadamente a ausência de mapas obrigatórios ou a apresentação de desconformidades com normativos aplicáveis. Em simultâneo, alertamos reiteradamente para a eventual existência de situações de incumprimento legal, nomeadamente em matéria de contratação pública e no âmbito da lei dos compromissos e pagamentos em atraso”, disse.

Elogiou a atividade construtiva da Assembleia de Freguesia, no entanto referiu que “por vezes os pedidos de colaboração surgem tardiamente, impossibilitando a devida retificação de eventuais lapsos”. Luís Dias reafirmou a disposição da coligação em “colaborar na melhoria contínua”, mas sublinhou que não podem “compactuar com a manutenção de práticas desconformes à lei”.

Carlos Martins, presidente da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, em resposta a Luís Dias, destacou os contributos construtivos e referiu que vai analisar as situações, uma vez que é “a cara da junta para o bem e para o mal”.

“Recebo estas chamadas de atenção de coração aberto. Temos a sorte de ter pelo menos duas pessoas nesta Assembleia de Freguesia que são especialistas nesta área e, portanto, os contributos têm sido construtivos (…). Mas vou ver estas situações porque a imagem da junta, para o bem e para o mal, sou eu”, assegurou.

Em declaração de voto, Miguel Fiadeiro garantiu que, após análise dos documentos, não vê razões para a CDU alterar a opinião manifestada ao longo dos anos. O eleito da CDU olha para saldo corrente, que ronda os 44 mil euros, como “incapacidade de investir, fazer obra e apoiar projetos”.

“Em termos da receita efetiva, registam-se 507 mil euros, menos 33 mil do que inicialmente orçamentado, o que acresce o saldo de gerência anterior de 76 mil euros. O saldo corrente ascende a 44 600 euros. Ou seja, dinheiro que não se gasta, por exemplo, na valorização dos trabalhadores. Verifica-se uma vez mais um saldo para a gerência seguinte de mais de 30 mil euros, o que revela a incapacidade de investir, fazer obra e apoiar projetos e para cumprir as promessas que se repetem ano após ano”, afirmou.

Miguel Fiadeiro concluiu a afirmar que a execução “está muito longe do que foi prometido e, principalmente, do que é necessário para responder aos problemas de quem vive na freguesia”.

A Assembleia de Freguesia da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso decorreu ontem, dia 21 de abril, ao final da tarde, na sede da junta.