Sérgio Mendes, vereador socialista na Câmara Municipal do Fundão, anunciou na reunião publica da autarquia, realizada hoje, a sua renúncia ao mandato, justificando que o faz para “integrar outro projeto político”. Um pedido que terá efeito a partir de 1 de maio.
“A decisão tem a ver com o facto de ter optado por outro projeto político”, disse. Salienta que sendo vereador sem pelouros, a “sua ação é mais política do que executiva”, salientando que “em momento algum o interesse da autarquia é colocado em causa nos projetos que estão a ser desenvolvidos”, disse.
Também disse que da parte do PS tem a garantia “que será mantida a mesma postura de lisura, respeito institucional e recusa de ataque pessoal” que aconteceu até agora.
Realça que sai de “consciência tranquila” porque procurou respeitar todos os intervenientes e as funções que desempenhou, sempre “na busca de melhores soluções para o concelho e de forma muito construtiva”, salientou.
Aos jornalistas, no final da reunião, sublinha que vai entregar o cartão de militante do PS, para integrar um projeto apartidário.
Salienta que não se trata de “estar desiludido” com o partido, mas, como sempre colocou os interesses do concelho acima dos partidários, salienta que neste caso “há uma solução mais confiável”.
“Nós temos vários projetos em cima da mesa e entendo que a solução que me é apresentada, para mim, é mais confiável. Não tem nada a ver com desiludir, ou não, com o PS”, disse.
Na reunião Paulo Fernandes, presidente da Câmara Municipal, salientou a “relevante função da oposição” na Câmara Municipal, vincando o bom relacionamento em quase oito anos de executivo
Joana Bento, vereadora do PS, sublinhou que ao longo destes quase dois mandatos houve sempre “lealdade, lisura, afinco e companheirismo, na missão de servir o concelho do Fundão”, salientando que sempre estiveram “consertados e falaram a uma só voz, com liberdade de divergir, com o fim de servir o concelho do Fundão”.
Realça que Sérgio Mendes integrou as listas do PS como independente e só depois de 2017 passou a militante, concluindo que este deixa “uma marca em quase sete anos de vereação e no serviço que prestou ao PS”, mostrando-se “grata” pelo trabalho desenvolvido.