A Câmara Municipal da Covilhã, por unanimidade, deu parecer positivo à candidatura dos Bombeiros Voluntários a uma quinta Equipa de Intervenção Permanente (EIP).
A declaração emitida por Vítor Pereira, presidente da CMC, neste sentido foi ratificada por unanimidade na reunião privada da autarquia de sexta-feira, dia 9.
O presidente sublinha que esta é a oportunidade de os bombeiros passarem a ter um serviço de socorro à população assegurado por equipas profissionais nas 24 horas do dia.
“No fundo estamos a criar mais uma EIP para ajudar os Bombeiros, garantindo mais e melhores meios para o socorro às pessoas, se a equipa for aprovada”. “Estamos a fazer um investimento nas e para as pessoas, porque permitirá que aos bombeiros o reforço da resposta com equipas profissionais durante 24 horas”. Frisa que “atualmente, através das 4 equipas, têm capacidade para dar resposta 16 horas, das 08:00 às 00:00, e com mais uma equipa há condições para dar cobertura a todo o período noturno”, disse.
O autarca sublinha que se trata de um investimento por parte da Câmara Municipal de cerca de 55 mil euros anual por cada equipa. Detalha que nesta altura o apoio para as quatro equipas é de cerca de 220 mil euros, e pode vir, assim, a ascender a 275 mil.
Confrontado com a facto de na CIM Beiras e Serra da Estrela os autarcas terem aprovado uma moção em que exigem ao Governo que reveja estes apoios, afirmando que não iriam dar parecer positivo a mais equipas, sem que o Estado revisse o seu financiamento que, atualmente, é suportado em 50 por cento através de fundos das Câmaras Municipais, sublinha que essa é uma justa reivindicação, mas justifica este parecer com o dever de socorro às populações.
“A CIM não deixa de ter razão, mas até que essas reivindicações sejam aceites não podemos ficar à mercê da sorte e entregues a nós próprios”. “Se e quando os Governos tomarem as devidas providências a este propósito, ficamos muito agradados e, uma coisa não inviabiliza, nem prejudica a outra”, esclareceu.
Os vereadores da oposição ratificaram a declaração, vincando que “os bombeiros justificam essa necessidade e nós, como não somos técnicos, concordamos com quem nos esclarece melhor sobre o assunto”.
A candidatura a esta quinta Equipa de Intervenção Permanente será agora analisada pelo Ministério da Administração Interna.