“A CDU está a crescer e vai crescer”, começou por afirmar o líder do PCP na Covilhã, após “a confiança” que a população lhe deu durante a arruada que decorreu na tarde desta terça-feira entre o Jardim Público e a Praça do Município.
A campanha da CDU foi “bem recebida” e Paulo Raimundo, mostra-se confiante no crescimento da votação.
“A CDU está a crescer e a CDU vai crescer. Eu já tinha esta certeza depois das ações que temos desenvolvido, mas ainda a reforcei mais nesta arruada”, descreve que houve “muito respeito, muito reconhecimento no nosso trabalho e reconhecimento que recentramos o trabalho no que importa na vida das pessoas”, disse no início da sua intervenção.
Paulo Raimundo recordou que foi com a força da luta população da região, junto com comissões de utentes e da Plataforma, que se aboliram as portagens e se repuseram freguesias, “uma vitória das populações, mas também da CDU”, disse, para reforçar que é com estes exemplos que se “ganha confiança” para continuar a lutar, por exemplo, “por mais mobilidade para ligar as aldeias, as vilas e as cidades”, sublinhou.
Trazendo para a sua intervenção “A Lã e Neve”, de Ferreira de Castro, realça que “ainda há muitos Horácios à procura de casa”, numa alusão aos problemas de habitação, mas elenca outros que o Estado tem de resolver na região, e no país, como a criação de uma rede pública de creches e uma rede pública de lares, pois “só assim se fixa população no interior”.
“O Estado, para contribuir para estas terras, para além de medidas especiais, tem de reabrir tribunais, tem de criar condições na educação para fixar cá pessoas, tem de ter uma política de habitação que responde às necessidades. Estamos na terra de “A Lã e a Neve” e, 80 anos depois, ainda há tantos Horácios à procura de casa que é aflitivo. E há uma coisa central, válida para todo lado e para aqui em particular que é o aumento geral dos salários”, disse.
Sobre a não eleição de deputados neste círculo eleitoral, responde com uma única palavra: “ainda”.
Deu conta que foram importantes os 2.732 votos há um ano, mas “foram insuficientes”, ainda assim, “nenhum deles foi traído, todos contaram”.
Vítor Reis Silva, que lidera a lista pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, recordou que “a CDU tem propostas concretas para a região, ao contrário de outros que apontam com generalidades”.
Entre essas medidas elencou o reforço das unidades de saúde, requalificar escolas e criar creches para dar resposta a centenas de crianças em lista de espera, a gratuitidade nos transportes públicos para maiores de 65 e passes máximos de 30 euros nos concelhos e 40 euros nos transportes inter-regionais, apoiando os municípios na criação de transportes flexíveis.
Elencou ainda outras medidas que constam no seu manifesto eleitoral, como adequar o Regadio da Cova da Beira e concretizar o projeto do sul da Gardunha; apoiar e valorizar a agricultura familiar; defender a floresta não intensiva; apoiar os baldios; apoiar a modernização na indústria, comércio e serviços. Não esqueceu a construção do IC31 e IC6 com o túnel da Alvoaça.
Apontou ainda a valorização da ferrovia, com ligações regulares entre a Guarda e Castelo Branco e elevar o financiamento da UBI e IPCB e reforçar os alojamentos para os alunos do ensino superior. Recordou também a medida geral e necessária em especial na região para a retirar “da cauda do país”: “o aumento geral dos salários e pensões”.
A terminar alertou que é preciso “fugir da armadilha do voto útil”: “Não podemos cair nesta rede que nos encosta à parede e que nos deixa como única opção escolher entre os que defendem as mesmas políticas. O voto na CDU é o voto que conta, que não é desperdiçado”, disse.