CLDS. 5G Covilhã com dotação de 700 mil euros até 2029

O CLDS. 5G Covilhã, que já está no terreno e decorre até março de 2029, tem uma dotação financeira de 700 mil euros para desenvolver atividades para cerca de 3500 beneficiários, foi anunciado durante a conferência de imprensa de apresentação Contrato Local de Desenvolvimento Social.

Trata-se um projeto “amplo, ambicioso e fundamental”, sublinhou a vereadora com o pelouro da ação social na Câmara Municipal da Covilhã, Regina Gouveia, detalhando que, tal como aconteceu nas outras gerações dos contratos locais de desenvolvimento social (CLDS) a Câmara delegou a coordenação na Santa Casa da Misericórdia da Covilhã e mantém, como parceiros, a Coolabora e a Beira Serra. “Uma estratégia que já teve sucesso no passado”, vincou.


Trata-se de um projeto que tem cerca de 3500 destinatários, assente em quatro eixos estratégicos: emprego, formação e qualificação; combate à pobreza e exclusão social de crianças e jovens; promoção da autonomia, envelhecimento ativo e longevidade, e, por último, desenvolvimento social e capacitação comunitária.

Destina-se, principalmente aos grupos mais vulneráveis, nomeadamente, desempregados, famílias em situação de vulnerabilidade, pessoas idosas, com deficiência e residentes em locais mais desfavorecidos do concelho, com o intuito de promover a coesão social e também migrantes, explicou a autarca.

“Um projeto para as pessoas, com as pessoas e pelas pessoas” sublinhou Jorge Varanda, representante da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, entidade que promoverá o maior número de ações, cerca de 20, com destaque para o projeto piloto “Espaços InoV”, que será dirigido à população idosa, sendo desenvolvido nas freguesias.

Irá ainda desenvolver, entre outros, a ação Recomeçar que “apoia pessoas em rotura social na reconstrução do seu projeto de vida”, sublinhou. “É com espírito de missão que a Santa Casa lidera esta quinta geração do CLDS, com proximidade e muita esperança”, disse.

Por parte da Beira Serra, Elsa Duarte, presidente da associação, salientou que irá desenvolver iniciativas relacionadas com emprego, formação e qualificação e também de desenvolvimento social e capacitação comunitária, com destaque para o projeto piloto RODA: Reunir e Organizar Dinâmicas Associativas.

O projeto terá início no próximo ano, será desenvolvido nos bairros municipais, com ações de “divulgação, formação e partilha com os moradores, para promover a sua participação cívica e associativismo”. “O objetivo é a melhoria da qualidade de vida e das relações de vizinhança”, sublinhou.

Rosa Carreira, em representação da Coolabora, disse no encontro com os jornalistas que a cooperativa irá centrar a sua ação na capacitação de crianças e jovens, com o desafio de criar um projeto piloto dirigido a este público, desenvolvido nas escolas, cuja comunidade escolar tenha elementos de maior vulnerabilidade, e assente em ações de educação não formal.

“Apostaremos na educação não formal, oficinas, por exemplo, pondo as crianças e jovens a participar ativamente e não como assistentes”, disse, sublinhando que “é importante promover a capacitação de crianças e jovens, porque é nestas idades que se consegue promover a transformação social”.

“Uma aposta nas pessoas, com impacto nos beneficiários e nas suas capacidades, para transformar as comunidades”, disse Regina Gouveia, resumindo que este é um projeto que visa “transformação social, para tornar a sociedade mais justa e as entidades mais próximas das pessoas, conseguindo um território mais justo e mais coeso”.