Findo o processo das legislativas o PSD Covilhã entendeu ser o momento para esclarecer o processo das autárquicas e o facto de não ir a votos em coligação com o CDS e IL como aconteceu nas últimas autárquicas.
Numa carta aberta assinada pela presidente da concelhia da Covilhã, Leonor Cipriano, aponta que as negociações para as autárquicas entre os três partidos se iniciaram em setembro de 2024 (dia 11), seguindo-se várias reuniões, até 5 de dezembro, sendo que o grande entrave foi sempre o nome do candidato.
“Várias foram as reuniões que se seguiram, chegados ao mês de dezembro, sem conseguirmos estar de acordo em relação ao candidato nem à formação das listas, nomeadamente à lista de candidatos ao município”.
Acusa ainda o CDS e a IL de quererem impor a sua vontade “perante uma clara demonstração de reduzir o PSD da Covilhã pelo CDS e IL a um partido dependente destes, desvalorizar o trabalho efetuado ao longo dos anos e a história do PSD da Covilhã, situação que não agradou à concelhia”.
Relata que a 14 de janeiro, em reunião ordinária da Comissão Politica do PSD, com o ponto único “Votação da proposta do candidato às eleições autárquicas de 2025” foi aprovado por unanimidade o nome de Jorge Simões como candidato à presidência da Câmara Municipal da Covilhã pelo PSD.
O nome foi apresentado aos restantes partidos a 21 de janeiro e “iniciam-se as conversações para distribuir os lugares na lista para a Câmara Municipal. Neste dia e sob proposta da Iniciativa Liberal, fica agendada outra reunião para distribuição de lugares, reduzindo o número de participantes na mesma para assim se conseguir chegar a um consenso, de uma forma rápida e eficaz”, descreve a carta aberta.
Assim, a 28 de janeiro, na presença de Jorge Simões, realizou-se nova reunião, sem a IL, com o CDS a solicitar “o primeiro lugar para a lista da assembleia Municipal e o segundo para a lista ao Município”.
O PSD não concordou e propôs “o segundo lugar, do sexo feminino, e sétimo para a lista ao Município e o segundo, quarto e oitavo lugar para a lista da Assembleia Municipal.
“A Iniciativa Liberal entretanto efetuou um comunicado através da comunicação social de que não iria fazer parte da coligação, sem ter informado a comissão politica do PSD” e a presidente da concelhia da Covilhã do CDS “informou telefonicamente que a proposta do PSD não tinha sido aceite no plenário realizado pelo seu partido, sendo questionada pela presidente da Concelhia do PSD, se voltariam a reunir, sendo dada a informação que não «a partir de agora cada uma seguiria o seu caminho»”, refere a carta aberta.
O PSD “manifesta profunda indignação diante da forma irresponsável e distorcida com que o CDS e IL veicularam informações sobre a negociação, que em abono da verdade não existiu, uma vez que estas forças políticas nunca estiveram realmente interessadas em encontrar uma solução conjunta, a respeitar a representatividade e peso político do PSD, tal como acontece a nível nacional, esquecendo que a sua sobrevivência a ele se deve”, frisa a missiva enviada à RCC.
“A propagação de informações imprecisas ou manipuladas não apenas compromete a transparência e a integridade do processo, mas também desrespeita o direito da população de receber notícias verdadeiras e imparciais”, conclui.