Considerando que Georgete Corono foi uma benemérita para muitos covilhanenses, sendo apelidada de “mãe dos pobres”, a União de Freguesias da Covilhã a Canhoso prestou-lhe uma homenagem póstuma esta terça-feira.
Um gesto simbólico, com a colocação de uma placa junto a alguns dos empreendimentos da família, no Largo de Infantaria XXI, a que se seguirão outras homenagens, disse Carlos Martins, presidente da União de Freguesias, avançando que no local Pedro Leitão fará uma obra de arte de rua em sua homenagem.
“São pessoas como esta que merecem ser homenageadas, nem tenho palavras” disse com emoção, garantindo que “enquanto for vivo irá prestar homenagem” a alguém que durante a sua intervenção apelidou de Madre Tereza de Calcutá da Covilhã.
Carlos Martins reconhece que é um dos muitos que foi ajudado por Georgete Corono, lamentando que a Câmara Municipal ainda não a tenha homenageado.
João Corono, um dos filhos de Georgete Corono, recorda a mãe como alguém que “dava o que tinha e o que não tinha”, em prol de todos.
“Não há nada que possa descrever a alegria que sinto, porque esta homenagem era mais do que merecida, não é por ser minha mãe, eu muitas vezes até me revoltava porque ela dava o que tinha e não tinha”, recordou. “A minha mãe tinha os quartos e, desde toxicodependentes a pobres, todos lá iam bater à porta e ela tinha sempre, sempre, qualquer coisa para dar”, descreveu.
Recorda que não dava só bens materiais, como alimentação, mas muitas vezes dava dormidas e até permitia que se tomasse banho na sua pensão.
João Corono diz que há testemunhos de mais de 100 pessoas que ela ajudou, que está a recolher para mais tarde editar em livro ou memorial.