O concurso público aberto pela Câmara Municipal de Belmonte para a requalificação de dois edifícios antigos, que são do Município, transformando-os em 9 casas de habitação a custos controlados não teve interessados.
Trata-se de uma obra no âmbito da estratégia da autarquia para conseguir mais habitação no concelho.
António Dias Rocha, presidente da Câmara, não põe de parte a possibilidade de recorrer ao ajuste direto para avançar com a obra.
Em causa está a requalificação de um edifício na Rua 1º de Maio, no centro histórico da Vila e outro junto ao antigo campo de futebol.
Para além destes, António Dias Rocha relembra que o município já tem adjudicadas a requalificação da Escola de Malpique, para 3 casas, a Escola da Gaia, uma casa e a Escola das Quintas da Pimenta que dará origem a uma casa e, também, a requalificação de uma casa que estava em ruínas em Caria já está adjudicada.
Sublinhando que a autarquia não “pode fugir aos valores” contratualizados com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, IHRU, e que os prazos são apertados o autarca frisa que o município está a conversar em empresários e poderá recorrer a outras vias para avançar com as obras, tal como prevê a lei.
No âmbito da Estratégia Local de Habitação, a Câmara Municipal de Belmonte tem também tudo pronto para lançar o concurso para a construção de 50 novos fogos em Caria e 30 em Belmonte, também com prazos muito apertados para assegurar o financiamento a 100%.
“Os timings são muito apertados, mas o financiamento não pode diminuir porque nós não temos culpa”, disse aos jornalistas. “Belmonte não é uma ilha e os concursos desertos estão a acontecer em todo o país”, disse.
Apesar de tudo e de considerar que o tempo é muito curto o autarca mantém-se positivo: “temos de acreditar que é possível”, disse.
António Dias Rocha sublinha que a falta de habitação “é um problema grave no concelho”, considerando por isso que estas obras são fundamentais.
O financiamento global para estes investimentos situa-se entre os 10 a 12 milhões de euros.