CMC arrenda Silo Auto do Sporting por 30 anos

A Câmara Municipal da Covilhã aprovou hoje, dia 23, um novo contrato de arrendamento do Silo Auto do Sporting Clube da Covilhã, por um período de 30 anos e num valor anual de 55 mil euros.

O contrato foi aprovado na reunião privada do executivo, esta segunda-feira, dia 23, com a abstenção da oposição.


No final, aos jornalistas, o Presidente da Câmara, Vítor Pereira, explica que o alargamento do prazo do contrato se prende com o facto de ter de ser a autarquia a realizar as obras necessárias à sua legalização, no valor de cerca de 300 mil euros, apontando que 30 anos, foi o “período considerado razoável” para realizar a amortização deste valor.

Detalha que “quem arrenda um imóvel tem de proporcionar as condições necessárias para a sua utilização”, sendo que no caso é necessário obras, e o senhorio não tem “capacidade financeira para as realizar. “Para defender o interesse público” o autarca destaca que os juristas chegaram à conclusão que 30 anos é um período razoável.

Aponta também que no contrato de arrendamento que agora cessou a autarquia pagava cerca de 50 mil euros ano, era pretensão do clube passar para 60 mil, chegando ao acordo de 55 mil euros.

Pedro Farromba, líder da bancada da coligação Juntos Fazemos Melhor, aponta que os três vereadores da oposição optaram pela abstenção, por se tratar de uma situação que pretende repor a legalidade, ainda assim, sublinha que se trata de um compromisso para 30 anos feito à porta das eleições.

“A primeira situação para que alertámos é um contrato para 30 anos ser assinado a dois meses das eleições, mesmo tendo em conta que é uma instituição com a história e a nobreza do Sporting da Covilhã é uma situação que não fica bem, e depois tem uma questão quase moral: nós votámos contra a concessão do estacionamento e o facto desta obra ainda não ter sido feita, implica que, quando o silo for disponibilizado, passarão cerca de 3 anos do inicio da concessão, o que significa que serão 3 anos a menos de receitas para a empresa”, apontou, salientando que o próximo executivo, “seguramente vai ter que renegociar este contrato de concessão”.

Pedro Farromba conclui que, tendo em conta estas reservas, “a oposição deu anuência a este contrato através da abstenção”.