Colégio das Freiras: Autarquia mantém plano de arrendar espaço para reabertura em setembro

A Câmara Municipal da Covilhã mantém o plano traçado em conjunto com o Instituto da Segurança Social (ISS), o Centro Social Jesus Maria José e a Comissão de Pais do Colégio das Freiras para reabrir “transitoriamente” o espaço, até que as obras no Bolinha de Neve estejam concluídas.

Regina Gouveia, Vereadora com o Pelouro da Educação, que tem, junto com a Segurança Social e a Comissão de Pais, acompanhado o processo, fez, na reunião de câmara desta sexta-feira, um ponto de situação.


Revela que o Instituto da Segurança Social já chegou a acordo com elementos das duas famílias proprietárias do edifício onde funciona o denominado Colégio das Freiras, que estavam representados por advogados com quem este instituto reuniu, estando esse acordo escrito.

Também apontou que só depois se ficou a saber que nem todos os herdeiros estavam representados e foi necessário voltar à mesa de negociações, que agora estão bem encaminhadas.

“Pensámos que bastaria acordar com estas duas famílias os termos do contrato de arrendamento, mas não foi assim e nós próprios, junto com os pais, tivemos que investigar para chegar a todos os herdeiros e agora já conseguimos e estamos, espero eu, com todos os contactos para conseguir ter uma proposta de arrendamento”.

Dá conta que o arrendatário será o Centro Social Jesus Maria José, que ficará a gerir o espaço, e que o contrato de arrendamento terá em conta as percentagens de cada proprietário do edifício.

Também vincou que os serviços técnicos da autarquia estão a elaborar uma minuta de contrato de arrendamento e também uma minuta de protocolo de apoio a celebrar entre a Autarquia e o Centro Social Jesus Maria José.

Regina Gouveia frisa que este tem sido um processo “árduo”, com “muito ruído, no meio de muitas diligências”, que se iniciou logo que se soube da intenção de encerrar o Colégio das Freiras a 31 de agosto, concentrando-se “em chegar a bom porto”, na defesa “dos interesses mais elevados”.

Sublinha que já foi entregue ao Instituto da Segurança Social o estudo prévio para as obras no Bolinha de Neve, aguardando-se a publicação do diploma legal que irá viabilizar a transferência do edifício do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social para o Instituto da Segurança Social, que depois o irá ceder ao Centro Social Jesus Maria José, que irá assegurar as respostas existentes no Colégio das Freiras a partir de 1 de setembro.

Sem falar em valores Regina Gouveia realça que tanto a intervenção como os custos serão “relevantes”, apontando que as obras podem ser feitas por fases.

Até que este edifício possa receber as crianças, é objetivo manter o Colégio das Freiras em funcionamento, com gestão do Centro Social Jesus Maria José, como explicou a autarca.

Regina Gouveia reforça que este tem sido um processo longo e com muito trabalho, apelando a que não se venha para a praça pública falar do que não se sabe para não prejudicar as negociações.

“Gostaria era que houvesse menos entidades e pessoas a falaram do que não sabem, muitas vezes, porque quem está a trabalhar e se está a esforçar, sabe. E quando não sabem era melhor perguntarem a quem sabe”, concluiu.

Recordar que a Fundação Imaculada Conceição, instituição da congregação das irmãs Doroteias, conhecido na Covilhã por “Colégio das Freiras”, vai encerrar portas a 31 de agosto. Um encerramento anunciado aos pais a 10 de janeiro.

A instituição é frequentada por cerca de 180 crianças nas valências de creche, pré-escolar e ATL e tem cerca de 30 funcionários.