“Compromisso com a minha terra, com a minha gente, com o nosso futuro comum. Um pacto de confiança com a Covilhã”. Foi desta forma que Hélio Fazendeiro começou a sua apresentação de candidatura à Câmara Municipal da Covilhã, hoje, ao final da tarde, junto à Biblioteca na Covilhã.
Com históricos socialistas na plateia, elementos da Juventude Socialista e com apoiantes vindos de outros quadrantes políticos, como é caso do Mandatário da Candidatura, Vítor Rebordão, antigo presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, eleito pelo PSD, Hélio Fazendeiro mostrou vontade de “estar ao serviço” da sua terra e das suas gentes, e apresentou as primeiras medidas que quer implementar se for eleito.
Na área da inovação e conhecimento propõe a criação de uma Zona Livre Tecnológica.
“Propomos construir uma Zona Livre Tecnológica, em colaboração com a Universidade da Beira Interior e outros parceiros, com o objetivo de transformar a cidade num laboratório vivo de experimentação tecnológica, em áreas como a Inteligência Artificial ou a Saúde Digital, o Turismo Sustentável, a Indústria 4.0 e a Mobilidade Inteligente ou a Cultura e a Criatividade. Este é um projeto estruturante, ambicioso e de futuro. Mas mais do que isso, este plano é para fazer diferença na vida das pessoas”, disse.
Outra área que apresentou como prioritária foi a habitação, para fixar mais pessoas, apostando numa estratégia que abranja todo o concelho.
“Vamos apostar numa política de habitação para todo o concelho, baseada em parcerias entre o setor público e o setor privado. Queremos garantir mais opções, mais dignidade e mais justiça no acesso à habitação”, disse, frisando que pretende “aumentar a oferta pública, com rendas acessíveis; apoiar e incentivar cooperativas de habitação e estimular bons projetos privados, para compra e para arrendamento, com preços justos”. Vinca que “durante o próximo mandato, temos a ambição de disponibilizar mais de 300 fogos nestas condições. Uma resposta concreta a um problema real que mexe com a vida das pessoas”.
Promete também melhores condições de mobilidade, investindo no reforço de meios mecânicos na cidade, reforço da oferta de transportes, e “lutar para que o passe de transporte na Covilhã custe, no máximo, o mesmo que em Lisboa: 30 euros! Porque não aceitamos ser tratados como cidadãos de segunda!”, realçou durante o discurso.
Recuperar estradas, melhorar passeios, valorizar o espaço público com mobiliário urbano mais moderno e funcional, serão outras medidas defendidas por Hélio Fazendeiro que promete no próximo ano “devolver o parque da Goldra à cidade” como “um grande espaço de fruição e lazer”.
No seu discurso de apresentação realçou ainda que quer “uma cidade mais limpa, com melhores áreas pedonais, mais acessível, mais segura e mais funcional”.
Pretende continuar a reforçar o trabalho com as IPSS’s, com as instituições e com as juntas de freguesia.
Pretende afirmar a Covilhã como cidade da cultura, frisando que este setor tem de estar “no centro do desenvolvimento”.
“Queremos uma cidade onde a cultura chega a todos: Às escolas, através da educação artística e da mediação cultural; Às aldeias, com programação descentralizada e itinerante; Aos bairros, com arte pública e criação participada; Aos visitantes, que aqui encontram património, experiências e inovação, porque a cultura é muito mais do que entretenimento. É pertença. É educação. É conhecimento. E também é inovação e economia!”, disse.
O candidato promete “construir um ecossistema económico que valorize o que é nosso e que gere mais emprego, mais inovação e mais oportunidades para quem cá vive”. Um programa que chegue a todo o concelho.
“Queremos uma Covilhã onde o progresso chegue a todos, chegue a tempo e chegue com justiça. Vamos, para isso criar o Balcão Móvel do Cidadão: pontos de atendimento itinerantes, com serviços públicos acessíveis, sem marcação, que levam proximidade e soluções concretas às freguesias”, disse, avançando ainda a aposta “em Aldeias Inteligentes, com melhor conectividade digital, levando fibra a todas as aldeias, serviços mais acessíveis, energia sustentável e mobilidade ajustada à realidade local”, “porque o futuro da Covilhã não se constrói só na cidade. Constrói-se em cada freguesia, em cada aldeia, com inovação, igualdade e dignidade”, vincou.
São algumas das linhas gerais de “um programa que não será fechado numa sala. Será construído na rua, no terreno com as pessoas”, sublinhou também Hélio Fazendeiro, prometendo “ouvir, dialogar e escutar com atenção e respeito”.
Aponta que está a construir um “programa ambicioso, para resolver os problemas do presente, das pessoas” e, “sobretudo, para projetar a Covilhã no futuro”.
Na sessão de apresentação de candidatura, Vítor Pereira, presidente da Federação Distrital do PS, e presidente da Câmara Municipal da Covilhã nos últimos três mandatos, teceu rasgados elogios a Hélio Fazendeiro, traçando o perfil de alguém que quis ser candidato à Câmara da Covilhã por pensar no seu próximo.
“Trabalhador, preocupado, organizado, conhece os dossiers, sabe ouvir, é dócil, é educado”, foram algumas das características apontadas por Vítor Pereira, que realçou ainda que Hélio Fazendeiro “quer fazer bem, não quer desiludir, quer cumprir, quer executar, não quer errar e isso é sentido de responsabilidade”, uma “característica muito importante”, disse o líder socialista.
Um dos momentos com mais aplausos da sua intervenção foi quando frisou que “Hélio Fazendeiro é o único candidato do PS”,
“Que não haja confusões por aí, o PS só tem um candidato: o Hélio Fazendeiro e ele é candidato porque tem capacidade”, reforçou.
O histórico socialista e ex-Ministro da Cultura, João Soares, olhando para as dificuldades dos tempos atuais, realçou no seu discurso que é preciso “gente que dê garantias de sobriedade e de caráter na defesa dos valores”, frisando que Hélio Fazendeiro “dá essas garantias”, disse. Em jeito de apoio “lamentou não ser covilhanense para poder votar nele”.
Qualidades humanas e de governação que também José Rosa, líder da concelhia da Covilhã do PS realçou, apontando alguém com “uma visão clara e ousada”, “com a seriedade, a competência e a coragem que os tempos complexos exigem”.
Realça que com Hélio Fazendeiro “não haverá perda de tempo a estudar dossiers” pois este “conhece-os como ninguém” e com ele “não haverá aventureirismo dos inexperientes nem o revanchismo dos ressabiados”, disse.
A sessão começou com a intervenção da líder da JS Covilhã, Mariana Madeira, que relembrou que “o futuro não se constrói de costas voltadas para a Juventude”.
Hélio Fazendeiro promete para mais tarde a apresentação da equipa que o acompanhará nas 25 freguesias do concelho, na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal da Covilhã.
De realçar a presença na sessão, na primeira fila, de elementos do atual executivo municipal como José Miguel Oliveira, candidato do PS à Câmara Municipal de Penamacor e de Regina Gouveia, vereadora da Cultura no atual executivo, bem como de João Casteleiro, atual presidente da Assembleia Municipal.