A Câmara Municipal de Penamacor está a trabalhar no processo da Denominação de Origem Protegida (DOP) do Mel da Serra da Malcata, avançou na quinta-feira, 26, o presidente da autarquia.
Entende-se por DOP uma denominação que identifique um produto originário de um local ou região determinados (ou, em casos excecionais, de um país), cuja qualidade ou características se devam essencial ou exclusivamente a um meio geográfico específico (incluindo os seus fatores naturais e humanos), e cujas fases de produção tenham todas lugar na área geográfica delimitada.
António Beites aponta que se está a trabalhar, também, para a certificação da fileira do Medronho.
“A fileira do medronho é brutal. Portugal hoje é o maior produtor de medronho do mundo e a Espanha está a crescer de tal forma que nos vai ultrapassar e nós temos uma fileira brutal, só na Malcata temos centenas de hectares, conjugando dois fatores importantes: além da produção do fruto tem também a questão da resiliência aos incêndios florestais”, disse.
António Beites falava na Assembleia Municipal de Penamacor, em jeito de balanço de mandato, para responder a críticas de “falta de estratégia, de visão e de baixa execução dos vários orçamentos ao longo dos anos”, que partiram da bancada da oposição na sessão de abril, durante a discussão das contas.
O presidente do município ao longo de quase uma hora passou em revista as obras efetuadas ao longo dos 12 anos de mandato, que, disse, “transformaram o concelho” para melhor, recusando liminarmente a má gestão de que foi acusado.
Afirmou que “foi difícil, pelos obstáculos que a oposição colocou no caminho” e pela situação financeira que encontrou, mas sustentando que termina os 12 anos com obra, e com uma divida de cerca de 600 mil euros e mais de 15 milhões em tesouraria.
“As autarquias não são empresas para ter dinheiro, mas com tantos obstáculos que a oposição foi criando até gastar dinheiro se tornou difícil”, concluiu.
A assembleia Municipal de Penamacor teve lugar na quinta-feira, dia 26.