A tradição da Transumância da Serra da Estrela já integra o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, por proposta do Departamento de Bens Culturais do Património Cultural, com o objetivo de “salvaguardar a sua viabilidade futura”.
A inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial foi publicada, ontem, no Diário da República.
O pedido de inscrição desta prática, que consiste na subida dos rebanhos de ovelhas para os pastos da montanha durante o Verão, foi apresentado pela Comunidade Intermunicipal Região das Beiras e Serra da Estrela (CIMRBSE).
Na proposta a CIM justifica que esta tradição continua ativa na metade centro-sul da Serra da Estrela, nos municípios da Covilhã Seia, Gouveia e Manteigas, “é pautada por quatro momentos: as romarias, a subida, a serra e a descida, e culmina com a permanência dos rebanhos e pastores na serra durante o período do verão”.
A ficha de inventário refere ainda que Seia é, atualmente, o principal foco desta prática com a existência de “uns sete grupos transumantes ativos que reúnem aproximadamente 20 pastores para quase quatro mil animais”. Já em Gouveia, há dois grupos ativos que reúnem cerca de seis pastores e mais de mil animais.
Na Covilhã foram identificados três grupos com cerca de seis pastores para 300 animais, e, em Manteigas, há uma família que ainda pratica uma transumância de inverno.