Exposição “Histórias de 5 Estações Serranas” na Covilhã até 4 de agosto

A exposição “Histórias de 5 Estações Serranas: Memória, Comunidade, Futuro” pode ser visitada na CooLabora, na Covilhã, até 4 de agosto. A mostra, organizada pela Associação Veredas da Estrela, dá a conhecer histórias, memórias e ideias para o futuro da Serra da Estrela, contadas pelas comunidades de Figueiró da Serra e Freixo da Serra, no concelho de Gouveia. Resultado de um trabalho colaborativo com os habitantes locais, esta exposição “convida a refletir sobre os desafios vividos na Serra da Estrela – e sobre formas de construir um futuro mais sustentável e justo”.

Através de fotografias, materiais gráficos e gravações sonoras, a exposição “dá corpo a um território com memória, consciência e vontade de futuro, reunindo os principais desafios identificados pelos habitantes e as propostas que nasceram ao longo do processo”.


Segundo nota de imprensa, um dos destaques é a peça sonora produzida porMargarida David Cardoso e Bernardo Afonso (Fumaça), que reúne testemunhos sobre a antiga mina de volfrâmio explorada durante a Segunda Guerra Mundial – “um episódio que deixou marcas profundas na paisagem e no tecido social das aldeias”.

“Queríamos contar esta história não só para manter a memória, mas porque ela nos ensina muito sobre as escolhas que fazemos hoje para o futuro do território. A Mina dos Azibrais é um exemplo claro: uma exploração que deixou viúvas jovens, quintas abandonadas, um bairro vazio – e cujas marcas ainda hoje moldam a realidade de Figueiró e do vale da montanha”, comenta Nik Völker, da Associação Veredas da Estrela, que acompanhou as entrevistas.

A Veredas da Estrela é uma associação comunitária e ambiental focada no restauro ecológico com base na comunidade, nascida após os incêndios de 2022 com a convicção de que “cuidar do território deve andar de mãos dadas com a construção de uma visão coletiva para o seu futuro”.

Com esta itinerância, a Veredas da Estrela pretende levar estas reflexões a centros urbanos próximos da Serra, “criando um espaço de diálogo mais amplo sobre os impactos das decisões top-down em territórios de baixa densidade e sobre a urgência de pensar – e fazer – a partir das comunidades locais, construindo respostas mais justas e sustentáveis”.