AM Covilhã: PCP leva “espaços verdes” e “equipamentos urbanos” a debate e põe a nu o que falta fazer

Espaços verdes e equipamentos urbanos foi o tema proposto pela bancada do PCP na Assembleia Municipal da Covilhã para o debate entre grupos municipais. Entre ironia e acusações foi posto a nu o que falta fazer, em especial na cidade, com a maioria a responder com a obra feita na cidade e nas freguesias.

Vítor Reis Silva, através de fotos, mostrou o estado de degradação de diversos espaços como o Parque da Floresta, Circuito de Manutenção que se encontra nas imediações, sanitários públicos na cidade, o Parque da Golda e o Alexandre Aibéo, entre outros.


Espaços que desta forma não podem ser utilizados e “são maus postais” da cidade, disse, apontando que “são problemas que não necessitam de avultados investimentos” e só existem por “desleixo, incúria e incompetência”.

Fernando Pinheiro da coligação “A Covilhã tem força” concordou com o PCP, salientando que “é preciso evoluir” e optar por meios técnicos para que alguns deste trabalho possa ser feito de forma distinta.

Também realça que, no caso do lixo, é preciso “mais educação cívica”. Defendeu, ainda, a colocação de câmaras de vigilância no espaço público para diminuir o vandalismo.

João Lopes Bernardo, eleito do CDS, sublinha que a “incúria” nesta matéria é uma realidade e que “não é de agora”. Realça que em muitos casos é uma “questão de limpeza e dignidade”.

O PSD usou da ironia para agradecer “as melhorias feitas” sublinhando, assim. o que não foi feito, elencando a remodelação do Parque da Goldra, Jardim Público, plantação de árvores, ciclovia entre Ferro e Peraboa, relvados sintéticos, bons abrigos nas paragens de autocarros, entre outros.

“Obrigado por me fazerem sonhar a mim e a todos os covilhanenses que acreditaram que em 12 anos a nossa cidade estaria francamente melhor”, disse Mafalda Nunes.

O PS optou pela “contra ironia” respondendo que “não era necessário ir tão longe” nos agradecimentos, pois nem tudo foi feito, mas, sublinhou Hélio Fazendeiro, criaram as condições para se fazer mais no futuro e apostaram em intervenções desta natureza nas freguesias.

“A verdade é que muitas coisas foram feitas e a senhora deputada agradeceu e reconheceu muitas delas”, respondeu. Mais tarde, já no ponto sobre a intervenção escrita do Presidente da Câmara, voltou ao tema para recordar obras como “a extraordinária área de lazer do Paul com um espaço fantástico, o mesmo aconteceu na zona Balnear de Sobral de S. Miguel, a valorização da rua do Sobreiro e o parque infantil que lá foi construído, a zona de lazer e parque infantil de Casegas, praia fluvial e parque infantil de Unhais, a piscina e parque infantil da Erada”, elencando ainda obras em locais como a Barroca Grande, Aldeia de São Francisco de Assis, Aldeia de Souto e Vale Formoso, onde foram remodelados os pavilhões e parques infantis.

Hélio Fazendeiro recordou ainda a criação de mais de 100km de trilhos e a criação de parques de lazer no Teixoso, e parques infantis em quase todas as freguesias, sem esquecer a intervenção no parque do Rio Beijames em Verdelhos e do parque das Oliveiras em Orjais.

Recordou ainda o trabalho feito no Jardim Público, Jardim das Artes e Jardim do Lago, bem como os trabalhos de acessibilidade na Praça do Município, porque “o tempo de dar as cidades ao automóvel acabou, é preciso devolve-las às pessoas”, disse, vincando que este será um trabalho para continuar.

A CDU conclui que face ao desafio global de alterações climáticas é preciso pensar o futuro das cidades, pensando “mais verde, mais inteligente e com mais humanidade”, apontou Mónica Ramôa.

Também Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal, a fechar o tema, apelou ao civismo para “acabar com o destrói por destruir”, como recentemente aconteceu com a porta do funicular de S. João, encerrado porque uma das placas eletrónicas do seu sistema está descontinuada e os técnicos estão a tentar alterar o seu mecanismo de funcionamento.

Apontou que há espaços que, na prática, estão desativados como o Parque da Goldra, vincando que já tem projeto de requalificação. Realçou também a criação de espaços como o Jardim das Artes e várias requalificações noutros espaços, nomeadamente nas freguesias, desde Verdelhos a Aldeia S. Francisco de Assis. Obras que aconteceram com “a proatividade dos presidentes de junta, e com apoio financeiro da autarquia”. “Não é justo que se diga que nada foi feito”, sublinhou.

Também realçou que, “à exceção de uma freguesia que chamou a si remodelar os parques infantis, todas as outras têm os parques que foram acordados” entre as partes.

A Assembleia Municipal da Covilhã reuniu na segunda-feira, dia 30 de junho.