José Armando Serra dos Reis demitiu-se de militante do PS e de todos os cargos partidários que exerce, em carta enviada ao presidente do partido.
Na missiva Serra dos Reis recorda os cargos que exerceu dentro do partido, sendo atualmente presidente da Mesa Secção de Residência, Cortes do Meio, e critica a atual concelhia e a federação distrital do PS.
“O trabalho que desenvolvi, enquanto Presidente da Concelhia, em 2013, foi determinante para que o PS retomasse a gestão da Câmara Municipal da Covilhã, da qual andava arredado, há 24 anos, por erros internos”, escreve na carta.
Recorda também que lhe foram retirados os pelouros e a vice-presidência da Câmara Municipal da Covilhã, frisando que Vítor Pereira, “lamentavelmente, nem antes nem depois do ato, não me dirigiu uma palavra de justificação”.
“Desde 2013, quando deixei de ser Presidente da Concelhia, que os estatutos do PS não são cumpridos”, relata, apontando o facto de não “organizar duas reuniões anuais dos socialistas do concelho, na qual participem designadamente e por direito próprio, todos os membros da Comissão Política do Concelho, com e sem direito a voto, todos os autarcas socialistas eleitos e em funções, assim como, pelo menos cinco representantes da JS indicados pela sua estrutura competente”.
Sublinha que solicitou que “até ao momento da designação/escolha dos candidatos, a CPC se redimisse do incumprimento dos estatutos e convocasse pelo menos, uma reunião”, frisando que não entende “a razão subjacente à não realização de reuniões e ao envolvimento direto dos militantes pelos responsáveis da Concelhia e da Distrital, a não ser que entendam essas estruturas partidárias como uma formação monolítica”.
Na carta pede “consequências disciplinares” para o atual presidente da federação distrital e presidente da mesa da Comissão Política Concelhia (CPC) da Covilhã, Vítor Pereira, o atual presidente da CPC, José Rosa e o anterior presidente da CPC e atual candidato à Câmara Municipal, Hélio Fazendeiro por não cumprirem “de forma consciente, reiterada, deliberada e continuada os Estatutos do PS”.
“Porque entendo, que os comportamentos antidemocráticos e as práticas de prepotência se instalaram nos dirigentes do PS Covilhã/Castelo Branco e que estão para durar, decidi envolver-me numa candidatura Independente à Câmara Municipal da Covilhã e como tal venho apresentar a minha demissão de todas as funções partidárias e de militante do PS”, conclui a carta.