A Comissão Política do PSD da Covilhã manifestou, esta terça-feira, uma “crescente inquietação” com o que considera ser um “estado de degradação política e institucional” instalado na Câmara Municipal da Covilhã, acusando o atual executivo de negligenciar as responsabilidades governativas em benefício de ambições eleitorais externas.
Num comunicado enviado à imprensa, os sociais-democratas apontam diretamente a membros do executivo e a figuras de confiança política, acusando-os de “usar os seus cargos para projetar carreiras pessoais”, em detrimento do compromisso com a população covilhanense. O caso mais visado é o de Hélio Fazendeiro, atual Chefe de Gabinete da autarquia, que o PSD acusa de desenvolver uma “estratégia clara de autopromoção com vista às eleições autárquicas de 2025”, utilizando, para isso, a visibilidade e os recursos do seu cargo.
O partido critica ainda a alegada ausência de liderança por parte do presidente da Câmara, Vítor Pereira, que se encontra envolvido na sua candidatura à Câmara Municipal de Belmonte. Também os vereadores José Miguel Oliveira, candidato em Penamacor, e Serra dos Reis, que prepara uma candidatura independente, são apontados como exemplos de afastamento das funções para as quais foram eleitos.
“Quem governa a Covilhã?”, questiona o PSD, acrescentando que a cidade vive “um preocupante vazio de liderança” e uma “paralisia” que compromete a gestão municipal e o bem-estar da população. Os sociais-democratas apelam à intervenção das autoridades competentes, exigindo a averiguação da eventual utilização de cargos e recursos públicos para fins pessoais.
A Comissão Política do PSD da Covilhã sublinha ainda que “a Covilhã não pode continuar a ser gerida como uma plataforma de lançamento de carreiras políticas pessoais”, defendendo uma governação assente na seriedade, na dedicação e no rigor”.