Ao abrigo do programa ARI (Autorização de Residência ao Investimento), investidores estrangeiros, privados, vão investir cerca de 2 milhões de euros na recuperação do Museu dos Descobrimentos e no Panteão dos Cabrais (Igreja de S. Tiago) avançou Joaquim Costa, Presidente da Empresa Municipal de Promoção e Desenvolvimento Social de Belmonte, durante a reunião pública da autarquia.
Explicou que do leque de empresas municipais do país apenas duas se podem candidatar ao ARI, detalhando que no caso de Belmonte foi feito o projeto, aprovado pelo Ministério da Cultura, com três eixos e apareceram investidores interessados.
O investimento global ronda os 2 milhões de euros, detalhou ainda o responsável, frisando que do projeto fazem parte três eventos, um bianual e dois anuais. No caso dos Museu dos Descobrimentos o investimento é superior e 1.3 milhões de euros e no Panteão dos Cabrais (igreja de S. Tiago) serão investidos de 280 mil euros.
Na reunião de Câmara apontou que o eixo do projeto que assegura as obras no Museu dos Descobrimentos e no Panteão dos Cabrais vai ser entregue já esta sexta-feira.
Dias Rocha, presidente do Município, sublinhou “as coisas acontecem quando acontecem”, e que apesar de estar a dias de acabar o mandato “não se pode dizer não”, mostrando-se confiante na possibilidade de conseguir financiamento, a fundo perdido, por esta via, para outras obras neste programa, como na casa Etnográfica em Caria e na Casa da Roda, entre outros.
Carlos Afonso, vereador da CDU, mostrou-se “agradavelmente surpreendido”, ficando a “torcer para que seja uma realidade”.
“O que é bom, nem que venha do diabo, é bom”, disse. Também apontou que “ao fim de 12 anos, este mandato vai acabar em cheio. Andámos quatro anos a encher chouriças e no último ano…, pronto, está bem, o que é positivo é positivo. Até me podem dizer para meter a viola no saco por andar a dizer que se for presidente extingo a empresa municipal”, vincou.
Declarações na reunião pública da Câmara Municipal de Belmonte, na quarta-feira, dia 24.