A edição 18 do festival da Cherovia vai decorrer entre quinta e domingo (18 e 21 de setembro) no centro histórico da Covilhã.
Trata-se de um festival eminentemente gastronómico, mas que tem também uma forte componente cultural, afirmou José Eduardo Cavaco, presidente da Banda da Covilhã, durante a conferência de imprensa de apresentação do evento.
Para realçar o pendor gastronómico este ano o festival abre às 12:00 no sábado e no domingo, abrangendo a hora de almoço, sublinhou o responsável.
“O festival só abria entre as 15:00 e as 16:00 e este ano vamos fazer esta experiência para que as pessoas possam vir almoçar, porque este é um festival gastronómico e é para aí que temos que caminhar, embora depois funcione até às 02:00”, disse.
Também aponta que nesta edição haverá mais momentos se showcooking, com novas receitas de cherovia. “Este é também o festival da criatividade gastronómica e vamos apresentar e potenciar chefes ligados aos espaços de restauração, que vão ter um espaço próprio onde vão apresentar novas receitas, porque esta é uma das características identitárias desde festival”, sublinhou.
Outra das novidades nesta edição 18 é a existência de um espaço próprio para crianças, na zona do Relógio de Sol, que será dinamizado pelo Parque Fantasia.
Para além dos cerca de 60 espaços, entre comércio, espaços devolutos abertos e stands, com artesanato e gastronomia ligada à cherovia, o festival conta com a participação de 15 associações, animação em 4 palcos e animação de rua.
Ao todo são mais de 800 participantes, avança Eduardo Cavaco.
“Dentro do vasto programa damos preferência, como montra, aos artistas da nossa terra e este ano vamos ultrapassar todos os números de edições anteriores, com mais de 800 participantes”, detalhou.
Com um orçamento de 30 mil euros, 25 mil são suportados pela Câmara Municipal da Covilhã, “o principal patrocinador”.
A organização agradece o apoio da autarquia, que é também logístico, sublinhando que o festival deve a sua dimensão “a este apoio e à opção da Câmara de o trazer para a zona onde agora se realiza”.
“A Câmara, ao trazer o festival para esta zona da cidade, ao trazer este apoio e o apoio logístico, tem contribuído para trilhar este caminho de sucesso do festival”, disse.
Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da cultura na autarquia, sublinha a inovação gastronómica presente no evento, sempre assente no conceito inicial do festival, potenciar um produto endógeno do território.
Realça também a “aliança interessante” que trouxe a academia para o festival, disse, referindo-se à união entre a Banda da Covilhã e Desertuna na organização.
Um evento em que o comercio tradicional, na zona histórica da cidade, tem também tudo a ganhar, disse a autarca.
“Ainda bem que o município percebeu o potencial e fez com que o festival viesse para este local, neste caminho tão interessante, até esta 18ª edição”, disse, mostrando-se convicta que a organização “vai conseguir continuar a inovar no futuro”.
O festival da Cherovia é organizado pela Banda da Covilhã, Covilhã Eventos e Desertuna/AAUBI, com apoio da Câmara Municipal da Covilhã e a parceria da Confraria da Cherovia e Panela no Forno e Fundação INATEL.
O festival abre na quinta feira, às 19:00 e o destaque do primeiro dia, tal como é tradição, são as tunas académicas, a partir das 22:30.
É um convite aos novos e antigos alunos da UBI, com o objetivo de mostrar que “a Covilhã é uma cidade com atividades”, sublinha a Desertuna.
João Nunes, presidente da AAUBI frisa que participar nesta organização é uma forma de “aproximar cada vez mais os estudantes à região e à população na Covilhã”.
Confraria Gastronómica da Cherovia e Panela no Forno celebra o seu 6º aniversário durante o festival. Nesse sentido realiza o 5º capítulo no sábado, às 17:00, na Igreja de Santa Maria, em que será entronizado um confrade de honra e 4 novos confrades, avançou na conferencia de imprensa Irene Ribeiro, vice-chanceler da Confraria.
“Faz todo o sentido que a confraria esteja presente”, sublinhou a responsável. Realça também a caminhada “rota da Cherovia”, que se irá realizar no domingo, durante a manhã, no Ferro, para conhecer a maior produção de raiz na região.
O INATEL dinamiza um dos palcos do festival e este ano a Fundação aproveita para dar visibilidade também para celebrar os 80 anos em que está presente na Covilhã.
“Participar é uma boa aposta para a Fundação Inatel, é uma aposta de visibilidade de tudo o que a INATEL faz em prol do associativismo, da cultura e do desporto amador”, disse Margarida Pereira.
O aniversário será assinalado com uma peça de arte urbana, encomendada ao projeto Wool, na Rua da Olivença e que será inaugurada no primeiro dia do festival.
A organização estima que o festival possa ser visitado por cerca de 50 mil visitantes, embora esteja sempre dependente das condições climatéricas. Na edição de 2024 foram vendidos cerca de 1.500 kg de cherovia.
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