Caminhada “Pequenos Passos, Grandes Gestos” potencia deteção precoce do cancro da mama

A caminhada “Pequenos Passos, Grandes Gestos”, que se realiza há 15 anos, é uma das formas mais visíveis de chamar a atenção para a importância da deteção precoce do cancro da mama disse, em declarações à Rádio Clube da Covilhã, Laura Tomé da Unidade de Voluntariado do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

“É importante porque nos permite chamar a atenção e alertar toda a comunidade e todas as mulheres para esta questão do cancro da mama, esta problemática do cancro da mama”


Realça que se trata do cancro “mais incidente na mulher. Em 2022, foram diagnosticados cerca de 9000 novos casos e cerca de 3000 mortes. Mas, apesar disso, é um tipo de cancro que tem uma taxa de cura acima dos 90%. Daí a importância deste tipo de atividades para chamarmos a atenção para que as mulheres possam conhecer o seu corpo e acima de tudo, que possam aderir aos programas de rastreio de cancro da mama, que na região Centro são levados a cabo pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, em articulação com as instituições de saúde”, disse.

Na atividade há diversos artigos que são vendidos com o objetivo de angariar fundos, embora o principal seja o chamar a atenção para essa deteção precoce, disse, sublinhando também a mensagem de união que se transmite com esta atividade.

“Claro que a componente da angariação de fundos é importante porque nos permite também dar continuidade a todos os serviços que temos disponíveis para pessoas com cancro, e para os seus familiares e cuidadores, mas sem dúvida alguma que o “Outubro Rosa” vai mais para além que a angariação de fundos, é o chamar a atenção e, particularmente nestas caminhadas “Pequenos passos, Grandes Gestos, que acontecem em simultâneo em 7 cidades da região centro, é também transmitir uma mensagem de união”, realçou a responsável.

Dá conta que com a iniciativa se diz “a todas as mulheres que estejam a passar pela doença que não estão sozinhas e neste dia simbólico está toda a região unida para chamar a atenção para a prevenção e para a deteção precoce do cancro da mama”.

A responsável salienta que mais de 70% das mulheres já aderem a ao programa de rastreio, apelando a que todas o façam.

“O nível de participação e adesão aos programas de rastreio é da ordem de 73%, são números muito positivos, mas temos sempre também espaço para melhorar, não é? E o objetivo é sempre chegar aos 100%, frisa, realçando que cada “vez mais as mulheres estão mais atentas, mais alertas”.

O programa de rastreio de cancro da mama este ano foi alargado à faixa etária entre os 45 e os 74 anos e Laura Tomé deixa o apelo “para que as mulheres que sejam convocadas participem, porque uma taxa de cura acima dos 90% é bastante animadora e é isso que nos deve incentivar a participar neste tipo de iniciativas”, concluiu.

Rosa Rainha, do Núcleo da Covilhã do Movimento Viver e Vencer, que tem sala de atendimento no Hospital da Covilhã, aponta que desde outubro do ano passado até setembro deste ano atenderam mais de 70 mulheres.

O grupo presta apoio a mulheres que têm ou tiveram cancro, com próteses mamarias, suportes mamários e próteses capilares. Prestam todo o apoio possível à mulher e seus familiares. Agora também com consultas de psicooncologia.

“Estas consultas não são exclusivas para mulheres com cancro da mama, podem ser também para familiares e doentes de outros tipos de cancro, por isso, qualquer dúvida podem contactar-nos”, sublinha.

A caminhada “Pequenos Passos, Grandes Gestos” realizou-se na Covilhã no sábado, dia 11.