Elogios do Grupo Municipal do PS, críticas do PSD e garantias de ter feito o máximo do presidente da Câmara, lamentando que não fosse tudo. Este é o retrato da última reunião da Assembleia Municipal de Belmonte no presente mandato, que teve lugar na quinta-feira, dia 25.
Dias Rocha, presidente da Câmara Municipal de Belmonte, perante as críticas de que tem sido alvo na campanha eleitoral, garantiu que durante os últimos 12 anos, deu o máximo pelo bem do concelho e das suas gentes.
“Eu fiz o que pude, dei o meu máximo, fiz muitas asneiras? provavelmente sim, mas quero agradecer àqueles que estiveram comigo, que me apoiaram e agradecer à população que de uma maneira geral, sempre me tratou bem e teve carinho por mim”, disse o autarca.
Aproveitou ainda para relembrar algumas das obras que realizou ao longo do mandato: “a loja de cidadão, que tem sido um sucesso. A reabilitação do edifício da Câmara, a construção do Centro Escolar de Caria, uma obra que muito me orgulha, a reabilitação do Centro Escolar de Belmonte, a Praça das Descobertas, a reabilitação do museu judaico, do Centro Interpretativo de Centum Cellas, do Centro de Saúde de Belmonte e Caria, da envolvente do Castelo e iluminação cénica, a recuperação da Torre de Menagem do Castelo, reabilitação da Escola Secundária, obras de abastecimento de água e de saneamento pelo concelho, porque dizem que não houve e houve muita obra no abastecimento de água e de saneamento”, vincou.
Garantindo que “não é candidato a nada”, o presidente da Câmara de Belmonte, ainda em jeito de balanço, recordou os cerca de 573 mil euros transferidos para as juntas de freguesia, em cada ano um dos últimos 5 anos: Belmonte/Colmeal da Torre 300 mil euros/ano, Caria 165 mil/ano, Maçainhas 48 mil/ano, Inguias 60 mil/ano, o que equivale a 3 milhões de euros, salientou.
O autarca também reforçou que deixa no concelho, aprovados pelo PRR projetos no valor de 16 milhões de euros, “elencando as obras no Centro de Saúde de Caria, no valor de 123 mil euros, Centro de Saúde de Belmonte (220 mil euros), Escola Secundária, que estão a decorrer, (1,4 milhões). Construção de 30 fogos habitacionais em Belmonte a custos acessíveis, (4 milhões 828 mil), reabilitação de 9 fogos habitacionais em Belmonte, (845 mil euros). Reabilitação de 5 fogos habitacionais em Belmonte, (522 mil) e a construção de 50 fogos habitacionais em Caria, (8 milhões e 61 mil euros)”, detalhou.
António Dias Rocha frisou ainda que, com outros financiamentos que não o PRR realizou, ou tem aprovados, projetos no valor de 10 milhões de euros.
Reconheceu que nem tudo foi feito e lamentou que não o tivesse conseguido.
“Tanta coisa que ficou para fazer e tanta coisa que gostaria de ter feito. Vou até enumerá-las: finalização da rua Pedro Alves Cabral, e uma paralela à Pedro Alves Cabral, que é uma necessidade; a recuperação da praia fluvial; a renovação e criação dos museus, quer em Belmonte, quer em Caria. O Parque de Lazer de Caria, de Maçainhas e de Inguias, o parque empresarial de Belmonte que não foi iniciado no ano passado; a passagem pedonal na Ponte de São Sebastião; a recuperação do espaço do campo futebol do Colmeal da Torre; a construção de um novo hotel, que também chegámos a ter interessados”, foram algumas das obras que lamentou não ter realizado.
Do Grupo Municipal do PSD chegaram diversas críticas. “Inércia, só se viram flops e festas”, disse Margarida Paiva, que vincou que como belmontense se sente “revoltada”.
“Nada no concelho é valorizado, nem a sua população”, apontou.
Humberto Barroso, da mesma bancada, também não poupou nas críticas, incluindo o funcionamento da Assembleia Municipal que, frisou, “não respondeu a uma única solicitação do PSD”.
António Cardoso Marques realça que, para além de dar seguimento a estes projetos que resultam do Poder Central, da parte do Município “muito mais poderia e deveria ter sido feito”.