A candidatura do PS, liderada por Hélio Fazendeiro, juntou mais de mil apoiantes num jantar comício que contou com a presença da antiga Ministra da Saúde Marta Temido, este sábado à noite, no Pavilhão da Anil. O candidato, recordando as medidas do seu programa afirma que quer um concelho e uma cidade para “todos, todos, todos”. “Uma moldura humana impressionante”, disse, mostrou-se convicto da vitória “na maior parte” das freguesias do concelho.
Reafirmou as prioridades do seu programa, com enfoque na habitação com rendas que todos possam pagar.
“E é por isso que eu vos quero dizer que nós vamos ter habitação acessível na Covilhã, mas não é uma habitação acessível do PSD em que acham que uma renda acessível é de 2300 euros. Nós vamos na Covilhã ter uma renda acessível que todos possam pagar”, disse.
A requalificação de estradas, passeios e espaços verdes, com um plano continuo “no terreno em três meses”, para devolver as cidades e vilas às pessoas. Intervenção em escolas, como a Secundária Campos Melo, e a reabertura do Bolinha de Neve, instando o Governo a cumprir o que prometeu, foram alguns dos destaques no discurso do candidato.
Assegurou ainda um olhar atento aos idosos com a criação, por exemplo, de uma brigada de pequenas requalificações.
Melhores transportes, também com transporte a pedido para as freguesias e passe máximo de trinta euros no concelho foi outra medida, afirmando que “não largará o Governo” até este ser uma realidade. Prometeu ainda reconstruir o que os incêndios destruíram e continuar com a aposta na prevenção.
Quer uma cidade e um concelho para “todos, todos, todos” frisou, Hélio Fazendeiro.
Um programa que tem apresentado no porta-a-porta “numa jornada bonita”, apelando ao empenho de todos para a vitória a 12 de outubro.
“Nós temos uma semana para mobilizar todas e todos os covilhanenses. Eu tenho procurado falar com todos os 43000 eleitores da Covilhã, mas eu peço a vossa ajuda para o conseguir nesta semana que falta. As mais de 1000 pessoas que aqui estão se cada dia falarem com três nós vamos conseguir chegar ao final desta semana e vamos ter votos suficientes para ganhar a Câmara Municipal e para ganhar as juntas de freguesia”
“E é isso que eu peço a cada um de vós. É nesta semana que falta batermos a todas as portas, falar com os nossos vizinhos, falar com os nossos amigos, com a nossa família, com os nossos colegas de trabalho. Vamos para a rua, temos uma semana para ganhar esta Câmara municipal a bem dos covilhanenses”, concluiu.
Um discurso que levantou os apoiantes que também não pouparam aplausos à antiga Ministra da Saúde Marta Temido.
A agora Eurodeputada veio à Covilhã erguer as abeiras do PS. Primeiro a bandeira da defesa do interior, recordando obras como a A23, a Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, o Centro Hospitalar da Cova da Beira e a Unidade de Cardiologia, bem como a reabertura da Linha da Beira Baixa.
Ergueu ainda a bandeira do poder local, afirmando que é o PS quem mais o defende.
“Para o ano em 2026 comemoram-se 50 anos das primeiras eleições para o poder local em Portugal e nós não podemos correr o risco de assinalar esse aniversário sem ter uma larga maioria de câmaras municipais nas mãos de autarcas do Partido Socialista, uma larga maioria de juntas de freguesia nas mãos de presidentes do Partido Socialista, porque é o Partido Socialista que encerra a ambição do poder local. Foi o Partido Socialista que mais investiu no poder local e que descentralizou e percebeu que o melhor que podia fazer por Portugal era devolver o poder aos seus cidadãos, através daqueles que são a sua primeira linha de representação, os autarcas”, disse.
Recordou também as conquista do PS na Covilhã, como as contas certas, afirmando que “não seria justo que quem as conquistou” não pudesse continuar, agora, na fase a seguir.
“Continuar a dinâmica de recuperação urbana, de afirmação de uma cidade universitária e de concretização de bem-estar para todos, nesta fase que vem a seguir. Foi muita coisa feita, mas há muita ambição para concretizar e é isso que o Hélio fazendeiro e a sua equipa representam: um município sustentável, uma Covilhã inclusiva, um município empreendedor, uma cidade cosmopolita”, descreveu.
João Casteleiro, primeiro da lista à Assembleia Municipal, reafirmou que “não é político profissional”, mas exerce, e quer continuar a exercer, o cargo de presidente daquele órgão com espírito de missão. Assegurou que manterá a democracia a funcionar entre os eleitos.
Mostrou-se convicto que Hélio Fazendeiro é o único candidato preparado para ser presidente de Câmara.
“Se dúvidas houvesse nestes últimos debates e entrevistas ficou bem claro quem melhor conhece os dossiers e quem melhor competência demonstra ter, para defender os interesses dos nossos cidadãos. O Hélio Fazendeiro não será um presidente que motive conflitos estéreis. Defenderá as suas ideias e os seus projetos com diálogo e sustentação no conhecimento e respeito pelas ideias contrárias”, disse.
Nuno Fazenda, deputado do PS eleito pelo círculo de Castelo Branco, alertou para a necessidade de escolher autarcas que reivindiquem junto do Governo dossiers importantes para a região e que “estão na Gaveta”.
“Nós temos um governo altamente centralista e que abandonou o interior”, frisou, apontando que o programa de valorização do interior, o programa de revitalização do Parque natural da Serra da Estrela e a agenda para o turismo, por exemplo, foram “travados” pelo atual Governo.
“E por isso nós precisamos de autarcas fortes, autarcas que consigam enfrentar o poder central e reivindicar os projetos que a Covilhã precisa e isso só se faz com quem tem competência, com quem conhece os dossiês, com quem conhece o território e o Hélio personifica isso”, afirmou.
Um comício em que todos os intervenientes a mostraram confiança na vitória a 12 de outubro.