“Ao toque do Adufe” é mote para Seminário de Cultura Popular do Rancho Folclórico da Boidobra

O Rancho Folclórico da Boidobra, em parceria com a EPABI (Escola Profissional de Artes da Covilhã), está a organizar o Seminário de Cultura Popular – “Ao toque do Adufe”, que vai decorrer no dia 25 de outubro, no auditório da escola.

Ao longo do evento, que se inicia às 9:00, vão acontecer palestras, debates, workshops de experimentação de instrumentos, técnicas de ensaio e performances.


Ilda Vaz, Presidente da Direção do Rancho Folclórico da Boidobra, falou durante a conferência de imprensa, que decorreu esta terça-feira, sobre os dois instrumentos, que vão ser o foco deste seminário.

“Vamos trabalhar dois instrumentos muito caraterísticos da nossa região, nomeadamente o adufe e a viola beiroa, que esteve extinta da nossa região, e através do trabalho do Professor Miguel carvalhinho, tornou-se um instrumento usual por aí.”

Pelas 9:45, José Alberto Sardinha, Investigador de Música da Tradição Oral e Professor na Universidade Lusófona, vai fazer uma viagem pelos instrumentos musicais tradicionais, com uma palestra musicada.

Logo de seguida, são debatidos os temas apresentados, e às 11:15, é a vez de Miguel Carvalhinho, músico multi-instrumentista e professor de guitarra clássica, dinamizador do projeto de revitalização da viola beiroa, apresentar uma perspetiva pedagógica sobre este instrumento.

Durante o período da tarde, pelas 14:30, todos os participantes vão poder experimentar o adufe e a viola beiroa, através de um projeto dinamizado pelas adufeiras do rancho organizador e por Miguel Carvalhinho.

A performance final fica ao encargo dos alunos da EPABI, do Rancho Folclórico da Boidobra e de todos os participantes, às 16:45, seguindo-se a sessão de encerramento com o resumo das principais conclusões.

Para Paulo Jerónimo, Diretor Técnico do Rancho Folclórico da Boidobra, o objetivo deste seminário é “manter a periodicidade bianual” e que “sejam trabalhados todos os temas com calma e ponderação.”

A primeira edição do seminário, realizada em 2023, no Museu dos Lanifícios, contou com a parceria da Universidade da Beira Interior. Este ano, a colaboração do evento é feita com a EPABI. O Diretor explicou a ideia das parcerias, para além das contribuições que as mesmas trazem para esta iniciativa.

“A nossa ideia é irmos à procura da instituição que nos possa acolher. Além de dar mais credibilidade ao seminário, mas também para quem participa, possa colher boas informações daqui.”

Quanto aos instrumentos em destaque, o adufe e a viola beiroa, Hélder Abreu, Diretor da EPABI, referiu que é algo que os alunos não procuram, no entanto, vão poder explorá-los durante o seminário.

“Instrumentos destes não são fáceis de encontrar para que eles possam explorar. Se eles tiverem acesso, podem fazer essa exploração sonora, mas é muito difícil captar alunos para este tipo de instrumentos.”