CM Covilhã não tem informação oficial sobre deslocalização da GNR de Montanha para Manteigas

A Câmara Municipal da Covilhã não tem conhecimento oficial da deslocalização da Unidade de Emergência, Proteção e Socorro em Montanha, UEPS, da GNR, para Manteigas, avançou Hélio Fazendeiro, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, durante a reunião pública da autarquia esta sexta-feira.

O autarca frisa que a autarquia continua a pagar a renda do imóvel em que funciona o posto de Montanha nas Penhas da Saúde.


“O município da Covilhã, oficialmente, não tem conhecimento da sua deslocação para lado nenhum”, sublinhou o presidente da Câmara, em resposta aos vereadores Jorge Simões (PSD) e Carlos Martins, (Movimento Independente Pelas Pessoas), que mostraram preocupação com a anunciada mudança para Manteigas.

Hélio Fazendeiro sublinha que “na transição de pastas, o Presidente da Câmara cessante, Vítor Pereira, informou que tinha insistido, e que existiram vários contactos com o Ministério da Administração Interna e também com o comando geral da GNR, no sentido de criar as condições necessárias para que a mesma unidade continuasse a localizar-se na Covilhã”.

Também apontou que irá exigir e “procurar a informação junto da tutela e junto do comando, para perceber qual o fundamento da notícia que, tal como os senhores vereadores, ouvimos na comunicação social”.

Recordar que na tomada de posse, Flávio Massano, presidente da Câmara Municipal de Manteigas, avançou que “o acordo verbal entre a Câmara Municipal de Manteigas e a GNR para instalar na vila um Posto de Busca e Resgate em Montanha, com cerca de 35 efetivos, foi concluído recentemente”.

Hélio Fazendeiro sublinhou que formalmente não tem conhecimento de nada, vincando que irá, junto da tutela, demonstrar que a Covilhã tem condições para manter o Posto.

“Aquilo que faremos é procurar criar as condições, demonstrar e sensibilizar a tutela e o comando para que a localização desta unidade continue no Concelho da Covilhã, considerando até a circunstância de a Covilhã continuar a ser, pela sua dimensão e procura, a porta de entrada da Serra da Estrela e ser também deste lado da montanha que há maior pressão turística e há, porventura, maior número de intervenções de socorro”, disse.

Um tema que foi abordado uma vez que na ordem de trabalhos da reunião de Câmara constava a revogação de um contrato de comodato de cinco frações no Edifico Madressilva, nas Penhas da Saúde, que foi celebrado entre a Turistrela e a GNR em 2016.

O presidente da Câmara explicou que esta revogação acontece porque o proprietário necessitou das instalações, mas recordou que em setembro, foi aprovado e celebrado um novo contrato de arrendamento, que está ainda em vigor e é pago pela autarquia, para albergar a GNR de Montanha.