A Juventude Socialista, Federação Distrital de Castelo Branco, é contra a implementação do projeto Sophia, empreendimento energético que compreende os territórios de Idanha-a-Nova, Fundão e Penamacor.
Para a JS “este empreendimento energético concentra um potencial de risco para grandes áreas de potencial agro- florestal e a sua preservação, convertendo a sua função económica única e exclusivamente para a energética, interfere com ecossistemas sensíveis e espécies protegidas, compromete a identidade dos diferentes territórios e o seu modelo de desenvolvimento, coloca em causa o harmonioso ordenamento do território e oferece risco de industrialização de paisagens eminentemente rurais”.
Aponta ainda, que o projeto Sophia e a Central Fotovoltaica da Beira, outro projeto de dimensão inferior, implicam desmatação em larga escala, com o abate de milhares de sobreiros, azinheiras e extensas áreas de carvalhais, bem como a mortalidade direta estimada de cerca de 16 mil aves selvagens protegidas e cinegéticas, por colusão com linhas elétricas. É ainda previsível que o património das Aldeias Históricas de Monsanto, Idanha-a-Velha e Castelo Novo, a paisagem protegida regional da Serra da Gardunha e o Parque Natural do Tejo Internacional sejam profundamente afetados do ponto de vista da arquitetura natural da sua envolvência e prejudicadas na sua função turística e por isso de desenvolvimento social e económico.
Na nota enviada à Rádio Clube da Covilhã sublinha, também que é “urgente e imperativo que as organizações políticas utilizem as ferramentas que têm ao dispor para mobilizar os seus filiados, simpatizantes e a comunidade em geral para o perigo ao desenvolvimento da região que o projeto Sophia encerra”.
Vinca que “é contra toda e qualquer iniciativa que coloca em causa o património natural e o modo de vida local da nossa região. Apela por isso a uma grande mobilização nos protestos que decorrem ao longo das próximas semanas em diferentes latitudes do distrito, à participação massiva nas sessões de esclarecimento a promover e ao contributo à consulta pública que ainda decorre até à próxima quinta-feira, dia 20 de novembro”.
