Cerca de 2 800 pessoas visitaram durante o último fim de semana o percurso das Faias, no Bosque de São Lourenço em Manteigas, disse Flávio Massano, na reunião pública da Câmara Municipal.
“O FAIAS hoje em dia é responsável por trazer milhares de pessoas à Serra da Estrela, não só a Manteigas”, sublinhou, apontando que “o Poço do Inferno tem estado sempre cheio de gente, e o Covão d’Ametade também”.
Sublinhou que entre sábado, dia 15, e domingo, dia 16, o bosque das faias teve cerca de 2 800 visitantes e o Covão d’Ametade cerca de 1 900.
“É impressionante a quantidade de pessoas que num fim de semana esteve na Serra da Estrela”, sublinhou.
Dá conta que no caso do Poço do Inferno o contador colocado não fornece dados em tempo real, e essa contabilização ainda não foi feita.
“Muito me orgulha que num mesmo fim de semana termos praticamente 4000 pessoas, se calhar mais se juntarmos possivelmente cerca de 1.500 no Poço do Inferno”, concluiu.
Dados do fim de semana “mais forte” do Faias, que decorre com caminhadas organizadas ao fim de semana até final de novembro,
O autarca sublinha que apesar de algumas críticas ao estacionamento, tudo decorreu de forma ordeira.
Mais grave é o que se passa no Covão d’Ametade, disse ainda o autarca.
“Algumas pessoas ficam preocupadas com o número de carros que estava estacionado na estrada, devidamente estacionado, ninguém a invadir o espaço natural, e não vejo ninguém a preocupar-se com a entrada no Covão d’Ametade, onde, aí sim, entram dentro de um Covão, com um cervanal a 1 400 ou 1 500 metros de altitude e que é altamente danoso pisotear”, disse.
“Nas FAIAS estamos a falar de uma estrada de terra batida, não há nenhuma parte do percurso que não seja terra batida”, apontou, vincando que há sempre alguns que não respeitam a natureza, mas no geral não há muitos comportamentos abusivos.
Para minimizar a questão do trânsito o autarca avança que no próximo ano a autarquia poderá apostar em transporte em permanência para os passeios nas Faias.
“É isto que nós dissemos que iríamos fazer: lutar por Manteigas, uma terra conhecida, uma terra valorizada e o que tenho visto é, acima de tudo, pessoas que gostam muito da natureza. Claro que no meio destas pessoas há meia dúzia de pessoas que não respeitam, há meia dúzia de pessoas que não valorizam. Temos que formar novas gerações, precisamente para respeitarem como um todo este território”, disse.
“Tenho muito orgulho, também, porque sempre que hoje digo que sou de Manteigas, as pessoas reconhecem automaticamente o outono, as Faias e tudo aquilo que estamos a fazer”, concluiu.
Nuno Soares, vereador eleito pelo PS, que introduziu o tema na reunião, criticou a aposta e a massificação que se está a fazer das visitas no bosque, sublinhando que “se corre o risco de um dia se chegar e não haver folhas para pisar”.
Um risco que não é real, respondeu a maioria. Flávio Massano defende que a proibição de circulação a viaturas, motos, motos 4 e outros, com as cancelas que foram postas, minimiza esses riscos.