Pedro Seixo Rodrigues, em nome de um grupo de moradores e comerciantes do Centro Histórico da Covilhã, esteve na reunião pública da Câmara Municipal na sexta-feira, 21, alertando para a necessidade de reformular as obras que estão a decorrer no edifico central do Largo Sr.ª do Rosário. Para melhorar a circulação, estacionamento e segurança seria preferível eliminar o imóvel, alargando assim o espaço, defende o grupo.
“O que nos motiva são quatro objetivos”, disse, sublinhando que o primeiro é conseguir uma reorganização das vias de circulação naquele ponto, frisando que “quem vive e trabalha percebe as verdadeiras dificuldades naquele local e mesmo o estacionamento acaba por não ser regrado no largo”.
Vinca que com a eliminação do imóvel, que está a ser recuperado pela Câmara Municipal da Covilhã no âmbito da Estratégia Local de Habitação, “conseguia-se a abertura do largo que, tal como está, não é um largo, mas sim uma via em torno de um edifício central”. Sublinha que desta forma ganhava-se um espaço público, para convívio dos moradores e realização de alguns eventos.
Também realçou que, desta forma, seria valorizado o património edificado que existe nas proximidades, como a fábrica Alexandre Aibéu e a sede da AECBP. Vincou ainda que se aumentaria a salubridade em alguns edifícios que existem a pouco mais de 2 metros.
O presidente da Câmara Municipal da Covilhã, na resposta, sublinhou que é intenção da autarquia reavaliar este projeto, com o objetivo de devolver o espaço às pessoas.
“É nossa intenção reavaliarmos o projeto. De facto, entendemos que o Centro Histórico precisa de ser valorizado, ele precisa de ser intervencionado, muito naquilo que é a linha que identifica, no sentido de organizar o trânsito, o estacionamento, de alargar os espaços, devolver, no fundo, o espaço público às pessoas”.
Avança que a “intenção é reavaliar este projeto, reavaliar esta obra e perceber quais são os termos e as condições em que nos é permitido suspender a obra e fazer a requalificação urbana de acordo com um espaço público”.
Hélio Fazendeiro anunciou ainda que a autarquia vai avaliar junto das várias entidades envolvidas, nomeadamente com o Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico, qual o espaço que existe para suspender a obra e transformar num largo.
“Estamos a fazer esse caminho, vamos ver qual o espaço de manobra que temos, considerando que a obra está em curso, que há compromissos com o empreiteiro e que há estas limitações com as entidades”.
Sublinha que o que pode garantir é que “esta também é uma preocupação do executivo municipal e que vai avaliar para ver quais as condições, nesta fase do processo, para o reverter e fazer outro tipo de intervenção”, disse.
