Banda da Covilhã celebra 155 anos com boas perspetivas de futuro

A Academia de Música da Banda da Covilhã é a menina dos olhos da Banda da Covilhã e, graças à sua existência, todos os anos há novos elementos a integrarem as suas fileiras, sublinhou Eduardo Cavaco, na celebração dos 155 anos da instituição, que ontem foram assinalados com uma sessão solene.

“Esse é um trabalho constante e onde nós colocamos todo o nosso esforço, toda a nossa dedicação. Um projeto social, pedagógico, artístico, cultural e musical”, disse Eduardo Cavaco em declarações à Rádio Clube da Covilhã, à margem da cerimónia.


Também realça que “fruto desse trabalho, e desse investimento por parte da direção e por parte de todos os que aqui trabalham, mas também com o apoio fundamental do Município da Covilhã, é possível que ano após ano haja uma renovação da Banda Filarmónica”.

“Só assim é possível ter novos músicos a entrar nas fileiras e a poderem ingressar por este maravilhoso mundo da arte, da música, que tanto nos traz de bem e de bom”, vincou

Eduardo Cavaco também realçou que nesta altura, concluída que está a sede e com o corpo instrumental equilibrado, a maior dificuldade se prende com o fardamento, uma vez que o atual tem mais de 15 anos e precisa ser renovado.

“A melhor prenda que podíamos ter era um novo fardamento. O fardamento já tem mais de 15 anos e com o crescimento das nossas crianças e jovens e com a sua utilização, embora vá dando de uns para os outros, neste momento é urgente que haja um novo, que custa largos milhares de euros e vamos desenvolver todos os esforços para que seja uma realidade em 2026”.

Sublinha que “há sempre falta de instrumentos ou de reparação e manutenção do corpo instrumental, mas neste momento a lacuna é o fardamento, que também é uma imagem e a identidade de uma banda filarmónica”, frisou.

Na sessão evocativa dos 155 anos, que encheu o Auditório Júlio Cardona, na sede da Banda, o presidente da instituição agradeceu ao Município da Covilhã, cujo apoio ao longo dos últimos anos permitiu ter “as instalações onde está, que são propriedade do município, ter mais 100 instrumentos e muitos projetos realizados em conjunto”, disse.

Luís Marques, Vereador com o Pelouro do Associativismo na Câmara Municipal da Covilhã, presente na sessão, salientou o papel foi fundamental da Banda na formação dos jovens e na dinamização cultural da cidade e do concelho.

“Queria reconhecer o papel fundamental que vocês desempenham, os músicos e os órgãos sociais. A Banda da Covilhã representa um património histórico que é preciso estimar, fundamental na formação e educação dos nossos jovens, com um papel muito importante na dinamização social e cultural da nossa cidade e é, muitas vezes, embaixadora da Covilhã por todos os cantos deste país”, disse.

Agradeceu também a dedicação aos mais antigos e deu as boas vindas aos mais jovens, que, sublinhou, asseguram no futuro a qualidade da instituição.

Francisco Mota, presidente da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, salientou que a Banda da Covilhã “é uma inspiração” e “um exemplo” pelo talento dos músicos e pela formação que ali é ministrada.

“Não tenho dúvida que a Banda da Covilhã é um farol do bom que se faz na cidade a nível cultural e recreativo”, disse.

Sublinhou que conta com a Banda da Covilhã para o tradicional Concerto de Ano Novo, a realizar em janeiro, realçando que “vai lançar vários reptos para outras iniciativas ao longo do mandato, que irão dar muitos e bons frutos”, rematou.

António Saraiva, Presidente do Conselho Fiscal, e Francisco Moreira, Presidente da Mesa da Assembleia Geral, congratularam-se com este aniversário e sublinharam a dedicação de todos, desde músicos, alunos, professores, maestro e pais ao projeto da Banda.

Durante a sessão foram homenageados os músicos com 10 ou mais anos de dedicação à Banda e foi assinalada a entrada de oito novos elementos.

As comemorações prolongam-se até dia 13, dia que a Banda se apresenta em concerto no Teatro Municipal da Covilhã.

No próximo fim de semana decorre o almoço de aniversário.