Francisco Mota admite situação financeira difícil para a UFCC

Durante a Assembleia de Freguesia da União de Freguesias Covilhã e Canhoso, Francisco Mota, Presidente da UFCC, admitiu situação financeira “bastante complicada”, numa “passagem de pastas”.

Os novos membros tomaram posse no dia 28 de outubro. O Presidente afirma ter recebido um documento do antigo executivo, anteriormente, onde constava a situação financeira da Junta de Freguesia, afirmando, no entanto, que se deparou com uma situação diferente.


“Nós iríamos receber, a novembro e dezembro, um total de 95.285,08 euros e tínhamos que, para pagar, 90.900,25. Isto daria, que nós chegávamos ao final de dezembro, por estas contas que me foram apresentadas, com 4.384,83 de saldo positivo”, começou por explicar.

“O saldo bancário da União de Freguesias Covilhã e Canhoso era de 1841,52 euros e existia em caixa 1194,60 euros. Além disso, neste quadro a pagar, constam algumas rubricas, mas não contemplava a luz, a água, os vouchers solidários que atribuímos no Natal, que é uma despesa elevada, não constavam aqui faturas que, entretanto, foram chegando de valores por liquidar, como, por exemplo, valores em dívida da RUDE, num montante de 3.600 euros de cotas”, continuou Francisco Mota.

“Tínhamos 2.500 euros para pagar aos bombeiros, 50 por cento de uma ambulância, que houve um acordo que a União de Freguesias participava em 5.000 euros. Tinham pago 2.500 euros, portanto faltava pagar metade, que não estavam neste quadro. Se havia dúvidas, que iríamos ter aqui 4.384,83 euros, essas dúvidas estavam logo dissipadas. Esta era uma situação financeira bastante complicada”, disse ainda o Presidente, durante a explicação sobre a situação financeira da Junta de Freguesia.

Relativamente a uma obra na Escola dos Penedos Altos, um campo de jogos, Francisco Mota frisou que o anterior executivo apenas tinha pago um montante de 15 mil euros, sendo que faltam pagar 49.953,36 euros, pois a obra tem um custo total de 64.953,36 euros.

O Presidente esclareceu ainda a obra na escola de São Silvestre e a compra de equipamentos no valor de 31 mil euros para o recreio.

“Numa pasta de contratos, nós encontramos um contrato no valor de uma obra, na escola de São Silvestre, era uma compra de equipamentos para o recreio da escola de São Silvestre, no valor de 31 mil euros. Nós mandámos esse procedimento para um parecer jurídico, uma vez que o mesmo não se encontrava orçamentado e, portanto, pedimos juridicamente um parecer relativamente a este procedimento”, explicou.

No que diz respeito a este assunto, Francisco Mota concluiu, deixando a mensagem de que por agora “não vão adquirir esses equipamentos”, sendo que “o procedimento não está correto”, no entanto, afirma ainda que a União de Freguesias vai encarar e resolver o assunto.

Em resposta a Armindo Rosa, membro eleito do Partido Chega, o Presidente da UFCC, Francisco Mota, admitiu uma situação difícil para a União de Freguesias e é necessário existirem algumas renegociações de despesas.

“Há realmente algumas reduções de despesas que têm a ver com a renegociação de contratos. Perante aquilo que eu vos apresentei, uma situação difícil para a nossa União de Freguesias, é claro que tem de haver algumas renegociações de despesas. Falei na MEO, que foi uma delas, que se encontra a ser tratada, mas há outras que têm mesmo também de ser feitas, porque a situação não permite que, muito pelo contrário, obriga-nos a cortar algumas despesas”, rematou relativamente às despesas da freguesia.

Recorde-se que o plano de orçamento para o próximo ano foi aprovado, durante a Assembleia de Freguesia da UFCC, no valor de 623 mil euros.