Início de obras no Bolinha de Neve sem conhecimento da CMC. “O importante é que se resolva”

A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria Rosário Ramalho, disse no Fundão, aquando da sua visita aquela cidade, que “do conhecimento que tem” do dossier Bolinha de Neve, as obras já se teriam iniciado.

Questionado sobre esta matéria, Hélio Fazendeiro, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, afirma que a autarquia não tem conhecimento, mas, aponta que “não sendo donos do edifico, nem donos da obra”, também não têm que ter esse conhecimento.


“Não tenho conhecimento que as obras já tenham começado, mas também não tenho que ter esse conhecimento”, disse, acrescentando que dá “como boas as palavras da Senhora Ministra”, e por isso “folgo em saber que as obras, então, já iniciaram”.

Reitera que enquanto Presidente da Câmara Municipal da Covilhã espera, e deseja, “que em setembro o projeto educativo que hoje se desenvolve no Colégio das Freiras possa arrancar nas instalações do Bolinha de Neve”, detalhando que é uma solução “para a qual o município tem contribuído”.

Sobre as questões burocráticas de passar a posse do edifício do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, para o Instituto de Segurança Social, Hélio Fazendeiro também explica que é uma questão à qual a autarquia é alheia, sublinhando que o importante é que o processo avance e que “tudo se resolva”.

“Nem acho que seja relevante nós termos conhecimento, do ponto de vista prático, enquanto Presidente da Câmara, e também para os pais, diria. Aquilo que nos importa é se o assunto vai ou não ficar resolvido. Se ele vai ser resolvido pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, pelo Instituto de Segurança Social ou por outra entidade qualquer que o Governo entenda que seja um veículo mais favorável para concretizar a obra, do nosso ponto de vista, não tem nenhuma relevância. Aquilo que nós desejamos, e pretendemos, e temos colaborado para que aconteça, é que o problema se resolva, para que aquele espaço reabra com as condições necessárias, para que as nossas crianças encontrem ali um espaço para iniciar a sua vida de forma confortável e de forma a terem uma educação de qualidade”, disse.

O Presidente da Câmara da Covilhã recorda que a autarquia está do lado da solução desde a primeira hora, detalhando que paga a renda das instalações do Colégio das Freiras, até ao final do ano letivo, e pagou o projeto de requalificação do Bolinha de Neve, com todas as condições técnicas, tendo a aprovação da Segurança Social para que ali pudesse funcionar uma unidade de creche, jardim de infância e pré-escola.