Novas seções de voto na Covilhã só depois das Eleições Presidenciais

Devido curto período entre a tomada de posse e o fecho de cadernos eleitorais, não foi possível conseguir ter novas secções voto na Covilhã já para as eleições presidenciais, esclareceu o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Hélio Fazendeiro, vincando, no entanto, que esse é um objetivo da autarquia.

Detalhou que esse foi um dos compromissos políticos que assumiu na campanha e que, ainda antes de tomar posse, o abordou com o presidente da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso.


O assunto foi tema na reunião privada da autarquia, na última sexta-feira. No período antes da ordem do dia, Jorge Simões, vereador eleito pelo PSD, propôs que todas as seções de voto da cidade passem para o Pavilhão da ANIL e que haja circuito de transporte para o local em dia de eleições.

Sublinha que os atuais locais de voto na UF Covilhã e Canhoso se localizam em edifícios com dificuldades de mobilidade e em que não há estacionamento.

“Considero que são barreiras físicas, económicas e logísticas que desmotivam, ou impedem, quem está em situação de maior fragilidade”, disse, recordando que na cidade “cerca de um terço do eleitorado tem mais de 65 anos, são pessoas, muitas delas, idosas”.

Jorge Simões propôs, como alternativa, o Pavilhão da Anil, por considerar que “é uma área coberta que poderia levar todas as secções de voto, tem parque de estacionamento gratuito, tem paragem de transportes públicos e tem as melhores condições de acessibilidade e até de circulação interna”, descreveu.

Realça que “todas as secções de voto” deveriam ser relocalizadas, porque todas elas têm barreiras.

Também refere que propôs que em dias de eleições se implementasse um circuito especial de transporte urbano gratuito, em regime de vaivém, que fizesse o circuito Praça do Município – Pavilhão da Anil, “para melhorar a possibilidade de as pessoas irem exercer o seu direito ao voto”, disse.

O presidente da Câmara Municipal da Covilhã, aos jornalistas, detalhou que não é possível fazer alterações para as eleições presidenciais, mas mantém o objetivo de o fazer no futuro, embora não para todas as seções de voto.

Descreveu que tanto os serviços da Câmara Municipal como na Junta de Freguesia estão a trabalhar sobre este dossier, “para se redefinir os locais de voto”, mas dado os prazos legais em que encerram os cadernos eleitorais, não é possível já para estas eleições, avançando que “o trabalho já está a ser desenvolvido” e espera que “em próximos atos eleitorais os covilhanenses já possam votar em outras assembleias”.

Hélio Fazendeiro deixou o “compromisso de tudo fazer para facilitar a vida dos covilhanenses no acesso ao seu direito de voto”.