“Teias Tramas” é o novo projeto do New Hand Lab, que dá continuidade ao programa “Teias Criativas”, desenvolvido em 2024.
O projeto decorre entre 2026 e o início de 2027 e prevê um número superior de residências artísticas em relação à edição anterior. Ao todo, estão previstas oito residências, estando já aberta a primeira open call para quatro delas.
“Temos mais residências artísticas. Antes fizemos seis, agora vamos fazer oito, e temos também programação cultural. Existem eventos associados às residências artísticas que antes não tínhamos. Hoje lançamos a primeira open call para as primeiras quatro residências artísticas e, em julho, lançaremos a segunda open call para as restantes quatro”, explicou JP Narciso Luciano, gestor do projeto.
Segundo o responsável, as primeiras quatro residências artísticas decorrem entre março e junho, enquanto as restantes terão lugar entre setembro e dezembro.
Quatro das residências artísticas serão dedicadas ao têxtil e ao design, enquanto as restantes se centram nas artes visuais associadas ao reaproveitamento de desperdícios industriais.
“As primeiras quatro são sobre design têxtil, sem limitar uma técnica específica. Os artistas vêm residir durante dois meses cada um e podem criar livremente, desde que utilizem técnicas têxteis e o conceito de design. As outras quatro são sobre a utilização de resíduos industriais da fábrica, ou seja, artes visuais que utilizem materiais encontrados no espaço industrial”, detalhou.
A associação New Hand Lab espera também aumentar o número de artistas participantes. Na edição anterior participaram cerca de 70 artistas, maioritariamente internacionais, uma realidade que pretendem equilibrar nesta edição, através de uma aposta reforçada na divulgação nacional e local.
No final de cada residência artística estão previstas exposições, bem como três grandes eventos públicos: uma Mostra de Design Têxtil, Jornadas de Media Arts e uma Conferência de Turismo e Arqueologia Industrial, ainda sem datas definidas.
Estão igualmente previstas oficinas educativas, conversas científicas, dinâmicas sociais e formações certificadas.
O projeto resulta de uma candidatura à DGArtes, cujo apoio foi reforçado este ano, o que demonstra o papel que o New Hand Lab tem vindo a consolidar enquanto hub criativo, sublinha Francisco Afonso, presidente da associação.
“No ano passado concorremos à DGArtes com um programa idêntico. Este ano é uma continuação e conseguimos ficar no escalão máximo, que corresponde a 55 mil euros. É a primeira vez que uma candidatura com estas características sai das grandes cidades, já que até agora tinha sido sempre Porto ou Lisboa. Ficámos em terceiro lugar a nível nacional”, destacou.
A direção artística do projeto é partilhada por Francisco Afonso e Ana Paula Almeida, sob a coordenação de JP Narciso Luciano, responsável pela conceção, gestão e direção executiva do projeto.