O Lusail International Circuit, um dos mais emblemáticos palcos do desporto motorizado mundial, acolhe agora uma obra de Telmo Guerra, artista natural do Tortosendo, concebida como uma homenagem à identidade, à história e à visão de futuro do Qatar, esta peça transforma o circuito num espaço de diálogo entre cultura, movimento e ambição, descreve o artista.
Sublinha que este projeto nasceu a partir de um convite do Presidente do circuito, Abdulrahman bin Abdullatif Al Mannai, depois de ter conhecido um trabalho realizado para a Federação Internacional de Motociclismo (FIM). A
Realça que desde o início encarou esta obra “como uma narrativa visual. No seu centro está o Lusail International Circuit, não apenas enquanto pista de corrida, mas como metáfora de movimento, progresso e visão”
A obra tem 12 metros de comprimento e 3 metros de altura e foi pensada para dialogar diretamente com a arquitetura do espaço. A sua escala convida o observador a percorrer a composição como quem atravessa um caminho, permitindo uma leitura contínua e narrativa.
A peça foi realizada na Suíça e posteriormente transportada para o Qatar.
A instalação decorreu no final do mês de novembro, num momento particularmente simbólico, antes do Grande Prémio de Fórmula 1 do Qatar de 2025. Esse enquadramento temporal reforça a ligação entre a obra, o desporto e a dimensão internacional do Lusail International Circuit. A obra está instalada na Control Tower do Lusail International Circuit, um espaço de enorme carga simbólica. A Control Tower é o ponto onde tudo converge: onde se observa, se decide e se controla a corrida, descreve ainda o artista.
“Para mim, esta obra ultrapassa o contexto do desporto ou da arquitetura. Criar esta obra foi uma experiência profundamente transformadora — não apenas pelo desafio artístico, mas pelo encontro humano. Encontrei um país e um povo que valorizam a cultura, respeitam a criação e compreendem que o futuro não se constrói apenas com velocidade, mas com sentido. Esta obra é, acima de tudo, um convite: a honrar o passado sem nostalgia, a viver o presente com consciência e a acreditar no que ainda não se vê. Porque o desporto, tal como a arte, tem a capacidade rara de unir pessoas, atravessar fronteiras e construir pontes”, conclui Telmo Guerra.
