O Presidente da Junta de Freguesia de Unhais da Serra, António Lopes, e o respetivo Executivo (David Porfirio e Liliana Alves) apresentaram a demissão, ontem, durante a Assembleia de Freguesia. Também João Máximo, Presidente da Mesa da Assembleia, apresentou a sua demissão.
A sessão começou com um comunicado de João Máximo, Presidente da Assembleia de Freguesia, onde apresentou a sua decisão e admitiu ter sido “ameaçado” pelo Presidente, António Lopes, gerando assim um ambiente “insustentável”.”
Também António Lopes apresentou a sua demissão, afirmando que recebeu ofensas, como “garoto” e “traidor”, e que “nunca mais houve paz”.
O Presidente falou ainda sobre o comunicado feito ao Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Hélio Fazendeiro, sobre a sua decisão.
“Portanto, eu comuniquei ao Sr. Presidente da Câmara, na tarde de domingo, quando depois de esperar umas horas que eu considerava suficientes para haver uma recaída, e ele ficou de estudar o assunto. Portanto, a minha interpretação da lei é que uma vez apresentada a demissão, a renúncia é irreversível. De todo modo, o Sr. Presidente disse que ia colocar isso aos serviços”, começou por dizer.
No entanto, alega que se o parecer por parte da CMC for reversível, aceita continuar no cargo, caso contrário, vão ter de ser feitas eleições.
“Fica aqui claro, se o parecer que vier da Câmara for no sentido de que é reversível, eu aceito continuar. Se, como eu penso, o parecer não for reversível, e acho que não é, naturalmente teremos que ir com muita mágoa minha para eleições”, rematou António Lopes.
O Presidente, que tomou posse no dia 2 de novembro, terminou, deixando uma mensagem de agradecimento por todo o apoio, mas que, tanto ele, como o executivo entenderam não ter condições para continuar a trabalhar.
Recordar que António Lopes (CDU) foi eleito no dia 12 de outubro, com 282 votos, sem maioria, e com direito a quatro mandatos.
