12 anos de Coolabora: “Com ideias novas combatemos velhos problemas”

A cooperativa de intervenção social Coolabora está a assinalar 12 anos, tempo em que tentaram “fazer a diferença” em áreas como a violência doméstica, igualdade de género e a integração. “Uns projetos com mais visibilidade, outros menos, mas todos com o mesmo empenho”, disse à Rádio Covilhã, Rosa Carreira, da direção da cooperativa.

A diretora não tem dúvidas de que o projeto “mais visível” é o “violência Zero” que tem associado “o gabinete de apoio a vítimas de violência doméstica”, até porque “trabalha em rede, com mais de 20 entidades públicas e privadas” e é também ancorado “em sessões de sensibilização” que também dão visibilidade, explicou.

Para além desta vertente, há outras em que a cooperativa desenvolve o seu trabalho, frisa Rosa Carreira, como a “integração da comunidade cigana” que é desenvolvido no Tortosendo com muito sucesso, mas também outros na “área da sustentabilidade e economia social que têm também muita aceitação”, sustenta.

Para a cooperativa, seja qual for a área, o importante é saber que “fazemos a diferença”. Recorda que “há vítimas que chegaram a nós com a vida completamente destruída e sem perspetivas e que neste momento têm a vida organizada e vivem de forma autónoma”, ou “crianças da comunidade do Tortosendo com quem trabalhamos e que, para além de não abandonarem a escola, alguns já chegaram à universidade”, salienta com orgulho no trabalho realizado.

Rosa Carreira considera importante “a corrente” que se cria com vítimas do passado, que ajudam as vítimas do presente, não só nos grupos de entreajuda, mas também no incentivo que dão à denúncia, transmitindo a mensagem de confiança de “que tudo fica bem no final”.

É um trabalho que não tem fim, “estamos sempre à procura de ideias inovadoras para combater velhos problemas”, explicando que “muitas vezes somos condicionadas pelo financiamento”, uma vez que a “cooperativa sobrevive com apoios comunitários “e só podemos intervir quando conseguimos verbas para isso”, lamenta.

Um balanço muito positivo de 12 anos de trabalho, que é “reconhecido pela comunidade” frisa a responsável afirmando que “num estudo recente, realizado por uma entidade independente, tivemos melhor nota na avaliação externa, do que na autoavaliação” o que é “gratificante”, disse