Carlos Costa: O “calcanhar de Aquiles” nas escolas do distrito é a falta de assistentes operacionais

Para Carlos Costa, dirigente do Sindicato de Professores da Zona Centro, o “calcanhar de Aquiles” para as escolas do distrito é a falta de assistentes operacionais. Há escolas que “não chegam sequer a cumprir o rácio estabelecido pela lei”, acusa o Sindicato de Professores, que considera também preocupante o número de alunos por turma, nos casos em que há alunos com necessidades educativas especiais. A juntar a estas lacunas existe ainda o problema da falta de psicólogos em grande parte das escolas do distrito. Outra das preocupações do sindicato é a esta altura existirem ainda vários horários por preencher.

No que toca ao pessoal docente, o Sindicato de Professores da Zona Centro denuncia o caso específico do agrupamento “A Lã e a Neve”, que não tem o número suficiente de professores dado o grau de deficiência de alguns alunos. O sindicato considera que o “calcanhar de Aquiles” das escolas é a falta de assistentes operacionais que em muitos casos estão abaixo do rácio exigido por lei. “Apesar do aparente silêncio, o ano letivo arrancou com graves problemas”, acusa o Sindicato. Carlos Costa considera que “o ano abre com docentes profundamente insatisfeitos”, devido à instabilidade que o atual processo concursal provoca, porque o Ministério da Educação “não fez o trabalho de casa”, não ouviu as recomendações da FNE e do Sindicato, o que gerou situações de “profunda injustiça” nas colocações.


Mas o problema não se prende só com o concurso de colocações. Começa antes, com a definição do número de lugares de quadro em cada escola que deve ser definido e preenchido em concurso. O Sindicato exige ainda que passem para o quadro todos os professores com 3 contratos sucessivos. O descongelamento da carreira é outro dos pontos que o Sindicato de Professores da Zona Centro não abre mão. Critica o facto de em sede de concertação ainda não se terem iniciado as negociações e exige que o descongelamento aconteça em Janeiro de 2018. Há situações de profunda injustiça, com docentes com mais de 15 anos de tempo de serviço, a viverem de incertezas e Carlos Costa aponta o dedo ao Ministério da Educação que, em devido tempo, foi alertado pela Frente Nacional de Educação para estas situações e por teimosia não as resolveu.

 

Foto: Lusa