Para a Comissão para a igualdade entre homens e mulheres da CGTP- IN, o dia Municipal para a igualdade que hoje se assinala é marcado por fortes desigualdades.
Em nota de imprensa a estrutura afirma que neste dia “importa refletir sobre uma realidade que é “pai e mãe” de todas as desigualdades que se manifestam no mundo do trabalho e que têm reflexos muito negativos e nefastos na vida e na sociedade”. Referem-se às “desigualdades salariais entre mulheres e homens e que são desigualdades que ofendem as mulheres trabalhadoras e devem fazer corar de vergonha quem as pratica e quem, por opção ideológica, as esconde e remete as questões da igualdade para situações que, sendo importantes, não vão à raiz do problema”.
Para a CGTP em Portugal, as desigualdades nos ganhos médios mensais entre homens e mulheres (que incluem a retribuição do trabalho suplementar e outros subsídios, para além do salário) são superiores às desigualdades salariais. Significa isto, diz a central sindical “que a desigualdade já existente, verificável através do salário base, agrava-se quando contabilizadas outras componentes da retribuição. Segundo os últimos dados oficiais divulgados existe uma diferença no ganho médio mensal entre homens e mulheres de 21,8%, que traduzida em dias, significa 79 dias de trabalho das mulheres, num ano, sem remuneração”.
Contas feitas, equivale a dizer que de 13 de Outubro até final do ano, não existe qualquer remuneração para as mulheres.
Numa altura de discussão da proposta de Orçamento de Estado para 2018, afirmam que “orçamentar para a igualdade, pode fazer toda a diferença”. O aumento geral dos salários, incluindo o salário mínimo nacional de 600 euros, a redução dos horários de trabalho e a conciliação, a negociação e contratação coletiva e o combate à precariedade, são o melhor caminho para eliminar as discriminações salariais entre homens e mulheres, em benefício de todos”.