A denúncia pública foi feita pelo Sindicato Têxtil da Beira Baixa, “como último recurso”, disseram os sindicalistas aos jornalistas. Segundo Mariza Tavares, dirigente daquela estrutura, nada fez parar a administração da empresa Lanifato, em Belmonte, “nem as denuncias ou as coimas da Autoridade para as Condições de Trabalho, por isso só restou esta via”.
O sindicato afirma “que as ameaças, mesmo físicas, são dirigidas também aos dirigentes sindicais e inspetores da ACT quando ali se deslocam”.
Segundo o sindicato, “há descriminação salarial entre funcionários, controlo nas idas à casa de banho, férias mudadas sem qualquer informação e esclarecimento, não há dia para receber salários nem subsídios e não há pagamento de trabalho suplementar”, entre um vasto rol de atropelos aos direitos dos trabalhadores que levam muitos deles à depressão, “havendo mesmo quem já tenha ameaçado o suicídio”.
A pressão é de tal forma, diz o Sindicato Têxtil, que esta denúncia pública foi o recurso que encontraram para que os “trabalhadores sejam tratados com a dignidade que merecem”.
Situação extrema vivida em Belmonte pelos trabalhadores da Lanifato, diz o sindicato têxtil. Uma denúncia feita no âmbito de uma campanha contra o assédio moral que a União dos Sindicatos de Castelo Branco está a levar a efeito. Segundo os sindicalistas esta é a mais grave situação de atropelo aos direitos dos trabalhadores na região.