A Turistrela, empresa concessionária do turismo na Serra da Estrela, quer uma indemnização da Câmara da Covilhã por ocupação indevida do subsolo devido à passagem de condutas da futura barragem e moveu uma ação no tribunal Administrativo de Castelo Branco no valor de 250 mil euros.
Segundo explicou Vítor Pereira aos jornalistas, no final da reunião do executivo, a empresa alega “ocupação indevida não só na área da concessão, mas nos próprios terrenos do Hotel Varanda dos Carqueijais, um processo que já está no tribunal há mais de um ano porque não foi possível chegar a acordo”.
O presidente da Câmara da Covilhã, não afasta a hipótese de acordo, embora considere que “a autarquia nada tem a pagar. Naqueles locais já passavam condutas, não prejudicamos ninguém”, afirmou. Para o autarca em causa está o interesse público para além de que “a obra não causou qualquer prejuízo”.
Este tema foi lançado para discussão na reunião do executivo por Carlos Pinto, vereador do movimento “de Novo Covilhã” que questionou o executivo sobre o processo.
Carlos Pinto pôs ainda em causa o cumprimento do contrato de concessão por parte da empresa. Afirmou que “já no meu tempo anunciavam investimentos e obras que não se realizam” a empresa é “uma mera locatária de hotéis” acusou. Para o vereador este é um tema que merece uma análise “profunda” por parte da Câmara.
O contrato de concessão do desporto e turismo da Serra da Estrela foi celebrado entre a Turistrela e o Estado nos anos 70.