Segundo a edição online do Jornal do Fundão (JF), a estância de ski da Serra da Estrela vai interpor uma providência cautelar para não ter de remover o tapete rolante que ali foi instalado em 2015 e que, entretanto, foi chumbado na Declaração de Impacto Ambiental (DIA).
Esta informação foi avançada ao jornal por Artur Costa Pais, administrador da Turistrela, empresa que detém a concessão turística da Serra da Estrela e que é proprietária da estância de ski. O responsável diz ainda que irão também avançar com uma ação “que mostre que esta decisão [da DIA] está menos bem fundamentada”.
Recordamos que a TSF noticiou esta segunda-feira que a colocação deste tapete rolante, que substituiu o antigo teleski, foi chumbada no âmbito da emissão da DIA, pelo que a estrutura terá de ser removida. A obra foi realizada em 2015 e, segundo a TSF, de “forma ilegal” e sem a Declaração de Impacto Ambiental. Os processos para a legalização tiveram início já depois dos trabalhos terem sido embargados e, na fase final, a comissão de avaliação da DIA chumbou o projeto, invocando fatores “ecológicos e condicionantes ambientais”.
O administrador da Turistrela, ao JF, referiu que foram respeitadas todas as regras ambientais e sugeriu que a análise do Estudo de Impacto Ambiental possa ser feita por uma “entidade independente” quer à Turistrela, quer ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Para Artur Costa Pais, “de certeza que vão verificar que a razão está do nosso lado”. O administrador garante que “estamos tranquilos”, até porque “fizemos todas as alterações que fomos aconselhados a fazer e cumprimos com tudo o que nos foi pedido”.
Especificando que o investimento rondou os 100 mil euros, Artur Costa Pais frisou, à Lusa, que a colocação deste tapete rolante permitiu substituir o teleski, que estava “obsoleto, velho, já não oferencendo as melhores condições de segurança”.
O empresário salientou igualmente que existem, na Europa, inúmeros tapetes iguais àquele que foi colocado na Estância de Ski da Serra da Estrela, mas, disse, nos outros casos não foi necessário qualquer licenciamento diferenciado.
Foto: Ski Clube de Portugal