“Pagar estacionamento é o principal motivo da desertificação do centro da cidade”. Quem o disse foi José António Pinho, empresário covilhanense, na última reunião pública da Câmara Municipal da Covilhã.
O empresário falava no período de intervenção do público e afirmou que “há 5 anos Vítor Pereira prometeu alterações nesta matéria, ainda não cumpriu, mas é urgente que o faça”. Para José António Pinho, “o silo auto da praça do município tem que ser equiparado ao que existe junto do tribunal”, sendo que atualmente é “discriminação negativa pagar todos os estacionamentos no centro”.
Na intervenção, recordou que por iniciativa de um conjunto de comerciantes foi entregue, à autarquia, em agosto de 2017, uma petição com 500 assinaturas onde propunham alterações à forma de pagamento do silo auto, nomeadamente “as primeiras 4 horas grátis, os blocos seguintes de 4 horas taxados a 50 cêntimos e a criação de um livre-trânsito mensal com o custo de 10 euros para comerciantes, colaboradores e residentes no centro da cidade. Alterações economicamente viáveis e que trariam mais receita para o silo”.
Vítor Pereira, presidente da autarquia, concordou que “há discriminação no funcionamento dos dois silos” e afirmou que tem uma vontade “inquebrantável” de resolver a situação. O edil garantiu que “em 2019, com o final da concessão dos transportes públicos pretende-se criar a bilhética integrada, única a nível nacional, que irá integrar desde transportes a estacionamento e com arte e engenho será encontrada uma solução”.